A agricultura gera anualmente milhões de toneladas de resíduos que são descartados gerando vários problemas ambientais e económicos. Muitos destes resíduos são lenhocelulósicos, ou seja, compostos por celulose, hemicelulose e lenhina. Enquanto as frações da celulose e hemicelulose têm sido mais estudadas e valorizadas, a lenhina ainda é considerada uma fração de baixo valor. No entanto, a lenhina tem características muito interessantes como por exemplo, atividade antioxidante e antimicrobiana, que lhe conferem interesse de valorização. Assim, o seu uso eficiente pode contribuir para a redução do desperdício e para a criação de produtos de valor agregado numa perspectiva de economia circular que procura fechar o ciclo de materiais, reduzindo resíduos e promovendo a reutilização, reciclagem e regeneração de recursos.