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Têm sido identificados vários mecanismos de comunicação entre o intestino e o cérebro, nomeadamente «metabolitos microbiais, vias imunes, neurais e metabólicas, algumas das quais poderão ser moduladas pela dieta».

Efetivamente, tem havido «uma valorização crescente da relação crítica entre a dieta e a saúde do cérebro e, consequentemente, das emoções e da saúde mental», declara Patrícia Oliveira-Silva, professora de neurociências e diretora do Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto). Sendo que o conhecimento sobre como os alimentos «nos fazem sentir tem evoluído graças ao avanço tecnológico, que nos tem permitido olhar para o cérebro de uma forma diferente», acrescenta.

Neste sentido, os alimentos têm «efeito na quantidade de químicos no cérebro e ativam determinadas cascatas bioquímicas que influenciam a forma como nos sentimos: felizes, depressivos, com dificuldades em regular o ciclo de sono e vigília, entre várias outras condições». A ligação entre o que chega ao estômago e o cérebro é intrínseca e direta, tendo, como revela a diretora do HNL, «início ainda no útero porque tanto o intestino como o cérebro se originam das mesmas células no embrião. E esses dois tecidos permanecem conectados e em estreita comunicação ao longo da vida». Uma das principais “vias rápidas” que ajudam a perceber a ligação entre o sistema gastrointestinal e o cérebro é «o nervo vago, conhecido como um sistema de mensagens químicas bidirecional entre esses dois órgãos. É por essa razão que a maior parte das pessoas percebe que a ansiedade e as “borboletas no estômago” são dois fenómenos interligados», indica Patrícia Oliveira-Silva.

Period18 May 2023

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Media coverage

  • TitleA qualidade da dieta associa-se ao risco de doenças mentais
    Degree of recognitionNational
    Media name/outletViver Saudável
    Media typeWeb
    Country/TerritoryPortugal
    Date18/05/23
    DescriptionTêm sido identificados vários mecanismos de comunicação entre o intestino e o cérebro, nomeadamente «metabolitos microbiais, vias imunes, neurais e metabólicas, algumas das quais poderão ser moduladas pela dieta».Efetivamente, tem havido «uma valorização crescente da relação crítica entre a dieta e a saúde do cérebro e, consequentemente, das emoções e da saúde mental», declara Patrícia Oliveira-Silva, professora de neurociências e diretora do Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto). Sendo que o conhecimento sobre como os alimentos «nos fazem sentir tem evoluído graças ao avanço tecnológico, que nos tem permitido olhar para o cérebro de uma forma diferente», acrescenta.

    Neste sentido, os alimentos têm «efeito na quantidade de químicos no cérebro e ativam determinadas cascatas bioquímicas que influenciam a forma como nos sentimos: felizes, depressivos, com dificuldades em regular o ciclo de sono e vigília, entre várias outras condições». A ligação entre o que chega ao estômago e o cérebro é intrínseca e direta, tendo, como revela a diretora do HNL, «início ainda no útero porque tanto o intestino como o cérebro se originam das mesmas células no embrião. E esses dois tecidos permanecem conectados e em estreita comunicação ao longo da vida». Uma das principais “vias rápidas” que ajudam a perceber a ligação entre o sistema gastrointestinal e o cérebro é «o nervo vago, conhecido como um sistema de mensagens químicas bidirecional entre esses dois órgãos. É por essa razão que a maior parte das pessoas percebe que a ansiedade e as “borboletas no estômago” são dois fenómenos interligados», indica Patrícia Oliveira-Silva.
    URLhttps://www.viversaudavel.pt/a-qualidade-da-dieta-associa-se-ao-risco-de-doencas-mentais/#mobile-site-navigation
    PersonsPatrícia Oliveira-Silva