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O trabalho dos profissionais do IPO Lisboa voltou a ser distinguido. Desta vez, as enfermeiras Inês Frade e Susana Miguel receberam o 1.º prémio de boas práticas clínicas com a apresentação de um trabalho sobre o uso das novas tecnologias por doentes laringectomizados, logo após a cirurgia. Não conseguem falar, mas podem comunicar.

As enfermeiras Inês Frade e Sofia Miguel, dos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia (ORL) do IPO Lisboa, foram distinguidas com o 1º prémio de boas práticas clínicas da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP) com a apresentação do trabalho «Uso da tecnologia na comunicação da pessoa laringectomizada». O encontro decorreu no mês junho, em Viseu.

 

Inês Frade explica que, hoje em dia, as novas tecnologias dispõem de inúmeras aplicações que constituem um apoio importante para doentes, familiares e profissionais de saúde: «Nos primeiros tempos após a cirurgia os doentes não conseguem falar e ainda não desenvolveram a mimica labial. Para facilitar a sua comunicação com os outros, elevar a sua autoestima, melhorar a sua qualidade de vida, resolvemos socorrer-nos das novas tecnologias, nomeadamente do uso de tablet´s e computadores, e ensinámos os doentes a dizer o que pretendem.»

 

Para os doentes que têm dificuldades no uso ou no acesso a um computador, a enfermeira criou outras estratégias: «Nesses casos são utilizadas técnicas em suporte de papel, por exemplo o quadro de letras e palavras, o livro com símbolos e a escrita. A equipa de enfermagem adequa sempre a estratégia à circunstância do doente.»

 
 

Este projeto surgiu no âmbito do trabalho de pesquisa para o mestrado que a enfermeira está a fazer e teve grande impacto junto dos doentes e dos profissionais de saúde: «Nunca quis que o projeto fosse apenas académico, queria algo que pudesse permanecer no tempo e fiquei muito satisfeita com o resultado final, não só pela aceitação dos métodos pelos doentes, mas também por parte dos meus colegas, que se mostraram sempre muito interessados e empenhados neste assunto.»

 

De tal modo que, no início de 2017, durante seis semanas, Inês Frade deu formação aos colegas: «Os enfermeiros encontram-se numa posição privilegiada junto dos doentes para compreender as alterações que sofreram após a cirurgia e podem delinear intervenções individualizadas, que promovam a reabilitação, a adaptação e o bem-estar, sempre de acordo com a vontade do doente.»

 

A implementação deste projeto contou com a estreita colaboração da enfermeira Susana Miguel, também dos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e ORL, e já transpôs as fronteiras daquele serviço.

 

Inês Frade já apresentou o trabalho nos «Encontros de Enfermagem» do IPO e vai dar formação a colegas de outros serviços: «Estou muito orgulhosa. É muito gratificante receber um feedback tão positivo e que só foi possível com o emprenho de toda a equipa multidisciplinar do meu serviço e do meu orientador de mestrado.»

Period17 Jun 2017

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  • TitleTecnologia ajuda doentes laringectomizados
    Country/TerritoryPortugal
    Date17/06/17
    DescriptionO trabalho dos profissionais do IPO Lisboa voltou a ser distinguido. Desta vez, as enfermeiras Inês Frade e Susana Miguel receberam o 1.º prémio de boas práticas clínicas com a apresentação de um trabalho sobre o uso das novas tecnologias por doentes laringectomizados, logo após a cirurgia. Não conseguem falar, mas podem comunicar.

    As enfermeiras Inês Frade e Sofia Miguel, dos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia (ORL) do IPO Lisboa, foram distinguidas com o 1º prémio de boas práticas clínicas da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP) com a apresentação do trabalho «Uso da tecnologia na comunicação da pessoa laringectomizada». O encontro decorreu no mês junho, em Viseu.



    Inês Frade explica que, hoje em dia, as novas tecnologias dispõem de inúmeras aplicações que constituem um apoio importante para doentes, familiares e profissionais de saúde: «Nos primeiros tempos após a cirurgia os doentes não conseguem falar e ainda não desenvolveram a mimica labial. Para facilitar a sua comunicação com os outros, elevar a sua autoestima, melhorar a sua qualidade de vida, resolvemos socorrer-nos das novas tecnologias, nomeadamente do uso de tablet´s e computadores, e ensinámos os doentes a dizer o que pretendem.»



    Para os doentes que têm dificuldades no uso ou no acesso a um computador, a enfermeira criou outras estratégias: «Nesses casos são utilizadas técnicas em suporte de papel, por exemplo o quadro de letras e palavras, o livro com símbolos e a escrita. A equipa de enfermagem adequa sempre a estratégia à circunstância do doente.»

    Este projeto surgiu no âmbito do trabalho de pesquisa para o mestrado que a enfermeira está a fazer e teve grande impacto junto dos doentes e dos profissionais de saúde: «Nunca quis que o projeto fosse apenas académico, queria algo que pudesse permanecer no tempo e fiquei muito satisfeita com o resultado final, não só pela aceitação dos métodos pelos doentes, mas também por parte dos meus colegas, que se mostraram sempre muito interessados e empenhados neste assunto.»



    De tal modo que, no início de 2017, durante seis semanas, Inês Frade deu formação aos colegas: «Os enfermeiros encontram-se numa posição privilegiada junto dos doentes para compreender as alterações que sofreram após a cirurgia e podem delinear intervenções individualizadas, que promovam a reabilitação, a adaptação e o bem-estar, sempre de acordo com a vontade do doente.»



    A implementação deste projeto contou com a estreita colaboração da enfermeira Susana Miguel, também dos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e ORL, e já transpôs as fronteiras daquele serviço.



    Inês Frade já apresentou o trabalho nos «Encontros de Enfermagem» do IPO e vai dar formação a colegas de outros serviços: «Estou muito orgulhosa. É muito gratificante receber um feedback tão positivo e que só foi possível com o emprenho de toda a equipa multidisciplinar do meu serviço e do meu orientador de mestrado.»

    Continua
    URLhttps://www.ipolisboa.min-saude.pt/noticias/tecnologia-ajuda-doentes-laringectomizados/
    PersonsSusana Miguel