UFMG deposita sua primeira patente relacionada ao novo coronavírus

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No início de abril, foi feito o primeiro pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que visa o reposicionamento do fármaco tetraclorodecaoxido (TCDO) para a produção de medicamentos para tratar pacientes com Covid-19. Os pesquisadores Marcos Augusto dos Anjos e Carmelina Figueiredo Vieira Leite (ICEX/UFMG) explicam que o TCDO é um imunomodulador, capaz de potencializar o sistema imunológico do paciente para combater a doença. O grupo aguarda recursos para comprar a droga e iniciar os testes.

A pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática da UFMG utilizou o método de reposicionamento, que é uma forma de encontrar medicamentos já existentes através de seus efeitos adjacentes descritos em bulas e artigos científicos. A principal vantagem dessa metodologia é economizar tempo e custos à pesquisa, uma vez que a toxicidade e os efeitos colaterais do medicamento já é conhecida. No caso do TCDO, o fármaco não é utilizado no Brasil, mas nos Estados Unidos e Europa utiliza-se a substância como tratamento para feridas cutâneas, doenças crônicas pulmonares, além de imunomodulador para pacientes submetidos a quimioterapia e radioterapia.