Abstract
Discernir os sinais dos tempos à luz do Evangelho (cf. Gaudium et Spes, nº 4) constitui uma das intuições fundamentais do Concílio Vaticano II. Foi o momento em que a Igreja assumiu oficialmente que o seu percurso histórico devia ser traçado juntamente com o do mundo em que se insere. Tratava-se duma opção que exigia atenção àquilo que inquieta e move a humanidade nas diversas circunstâncias por que vai passando. A Igreja atribuiu-se, então, uma nova tarefa. Convém ter uma noção precisa dos seus contornos. Importa saber em que terreno se executa, quem a realiza e como se processa. Tem que se esclarecer, para isso, o conteúdo do conceito ‘sinais dos tempos’. Deve-se desenvolver também a reflexão teológica sobre a problemática da leitura crente dos mesmos. Tem que se afinar inclusivamente a maneira de efectuar esta última. Enfim, convém ir acumulando a experiência do que a dita leitura implica para a vida eclesial.
A leitura crente dos sinais dos tempos traduz uma vontade declarada da Igreja dos nossos dias. Espera-se que esta tenha força para enfrentar as dificuldades que surgem na execução dessa tarefa. Acredita-se que o próprio desejo de interpretar os tais sinais, com os olhos da fé cristã, possa ajudar a superar os problemas que esta actividade naturalmente levanta. É através da experiência destes últimos que a Igreja há-de amadurecer o seu interesse pela dita leitura.
Translated title of the contribution | The Christian Interpretation of the Signs of the Times: Justification, Procedure and Difficulties |
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Original language | Portuguese |
Place of Publication | Lisbon |
Number of pages | 158 |
Publication status | Published - 2012 |