TY - GEN
T1 - A significação da obra de arte na fenomenologia material de Michel Henry
AU - Dimas, Samuel Fernando Rodrigues
PY - 2017/3
Y1 - 2017/3
N2 - Na sua obra Voir l’invisible sur Kandinsky, o filósofo francês Michel Henry procura apresentar a significação da obra de arte, que não pode ser reduzida à materialidade da madeira, da pedra ou da tela, em que se suporta, mas que se encontra num outro lugar radical. Por oposição ao mundo da perceção, esse outro lugar costuma ser qualificado de irrealidade, no sentido de imaginário, mas Michel Henry considera que é preciso definir melhor a natureza do verdadeiro sítio da obra de arte. A obra de arte não se situa no mundo, que está em nossa frente na visibilidade da relação entre sujeito e objeto, mas também não é alheia à sensibilidade. Pelo contrário, é na sensibilidade que habita a sua essência, implantando o seu ser aí na imanência radical da afetividade absoluta onde não há ainda nem fora nem mundo. Nesse outro lugar de auto-afecção, em que o ver se experimenta a si mesmo como vidente, em que o sentir se sente a si mesmo antes de sentir outra coisa, isto é, em que toda a obra verdadeira e nós mesmos nos encontramos naquilo que somos.A obra de arte expressa essa realidade subjetiva e invisível, entendida como auto-afecção da vida, que é a realidade animada de cada um e do universo.Palavras chave: arte, irrealidade, imaginário, imanência, afetividade, fenomenologia material, invisível, mundo, vida.
AB - Na sua obra Voir l’invisible sur Kandinsky, o filósofo francês Michel Henry procura apresentar a significação da obra de arte, que não pode ser reduzida à materialidade da madeira, da pedra ou da tela, em que se suporta, mas que se encontra num outro lugar radical. Por oposição ao mundo da perceção, esse outro lugar costuma ser qualificado de irrealidade, no sentido de imaginário, mas Michel Henry considera que é preciso definir melhor a natureza do verdadeiro sítio da obra de arte. A obra de arte não se situa no mundo, que está em nossa frente na visibilidade da relação entre sujeito e objeto, mas também não é alheia à sensibilidade. Pelo contrário, é na sensibilidade que habita a sua essência, implantando o seu ser aí na imanência radical da afetividade absoluta onde não há ainda nem fora nem mundo. Nesse outro lugar de auto-afecção, em que o ver se experimenta a si mesmo como vidente, em que o sentir se sente a si mesmo antes de sentir outra coisa, isto é, em que toda a obra verdadeira e nós mesmos nos encontramos naquilo que somos.A obra de arte expressa essa realidade subjetiva e invisível, entendida como auto-afecção da vida, que é a realidade animada de cada um e do universo.Palavras chave: arte, irrealidade, imaginário, imanência, afetividade, fenomenologia material, invisível, mundo, vida.
M3 - Conference contribution
SN - 9789725405383
T3 - Colóquios
SP - 218
EP - 226
BT - Corpo e afetividade
A2 - Rosendo, Ana Paula
A2 - Morujão, Carlos
PB - Universidade Católica Editora
CY - Lisboa
T2 - Colóquio Internacional Michel Henry
Y2 - 19 April 2012 through 20 April 2012
ER -