Canijo e a Tragédia Grega: adaptação da trilogia «Oresteia» ao cinema português contemporâneo

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Abstract

Nas entrevistas que se sucederam à estreia nacional de “Noite Escura”, em 2004, João Canijo usou uma expressão recorrente: disse que pretendia “afogar a tragédia”. A isso, ele acrescentou: “Quis tornar a tragédia absolutamente indiferente no meio das vidas de uma casa de alterne. Onde é que hoje a tragédia e os sentimentos da tragédia podem ser tão indiferentes se não num mundo de mentira, de representação permanente que é o mundo do alterne?”. Canijo, claro, sabia do que falava. Para ele, a tragédia grega serve como texto base já desde “Filha da Mãe”, de 1990, e foi objectivo principal dos seus filmes desde “Ganhar a Vida”. A partir de “Noite Escura”, o realizador procurava um objectivo antigo: adaptar a trilogia da “Oresteia”, com a ideia final de, no último dos três filmes, trabalhar sobre a “Electra”.
Original languagePortuguese
Pages (from-to)26-29
Number of pages4
JournalDrama - revista de teatro e cinema
Issue number1
Publication statusPublished - 2009
Externally publishedYes

Keywords

  • João Canijo
  • Tragédia grega
  • Cinema português
  • Cinema contemporâneo
  • Oresteia

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