Abstract
Este trabalho pretende divulgar à Comunidade Surda Portuguesa as recentes produções em Estudos de Cultura feitas sobre Surdos em Portugal.
O nosso objetivo é propôr uma reflexão sobre a Cultura Surda e a importância de a sabermos explanar de uma forma simples ao outro, tomando consciência do poder que esta definição cultural detém num Portugal que, embora tendo já percorrido um longo e árduo caminho, ainda percepciona os Surdos como portadores de deficiência e não como estandartes de diversidade.
Por outro lado, abordamos também a questão da diversidade de Identidades Surdas, fenómeno que abrange todos os Surdos e que depende da sua experiência e fidelidade linguística e cultural.
O rótulo de portador de deficiência auditiva centra-se na perda auditiva, na falta, no distanciamento da norma, e tem as suas raízes na concepção médica do Surdo. O epíteto de povo Surdo foca-se na mais-valia que é ser-se Surdo em qualquer sociedade humana. Aqui, ser Surdo é ser-se excepcional, é ser um orgulhoso representante de uma minoria cultural, é empunhar a LGP e gritar ao mundo ouvinte: Estamos aqui, esta é a nossa língua, a nossa arte e literatura! Garantam os nossos direitos e absorvam o que temos para vos ensinar.
É na esfera do povo Surdo que este artigo vive. Lutamos todos os dias, Surdos e ouvintes , contra outros rótulos que não definam a riqueza da diversidade cultural. Lutamos em pessoa, e lutamos por escrito.
O nosso objetivo é propôr uma reflexão sobre a Cultura Surda e a importância de a sabermos explanar de uma forma simples ao outro, tomando consciência do poder que esta definição cultural detém num Portugal que, embora tendo já percorrido um longo e árduo caminho, ainda percepciona os Surdos como portadores de deficiência e não como estandartes de diversidade.
Por outro lado, abordamos também a questão da diversidade de Identidades Surdas, fenómeno que abrange todos os Surdos e que depende da sua experiência e fidelidade linguística e cultural.
O rótulo de portador de deficiência auditiva centra-se na perda auditiva, na falta, no distanciamento da norma, e tem as suas raízes na concepção médica do Surdo. O epíteto de povo Surdo foca-se na mais-valia que é ser-se Surdo em qualquer sociedade humana. Aqui, ser Surdo é ser-se excepcional, é ser um orgulhoso representante de uma minoria cultural, é empunhar a LGP e gritar ao mundo ouvinte: Estamos aqui, esta é a nossa língua, a nossa arte e literatura! Garantam os nossos direitos e absorvam o que temos para vos ensinar.
É na esfera do povo Surdo que este artigo vive. Lutamos todos os dias, Surdos e ouvintes , contra outros rótulos que não definam a riqueza da diversidade cultural. Lutamos em pessoa, e lutamos por escrito.
Translated title of the contribution | Deaf way in culture studies: the deaf flag of diversity |
---|---|
Original language | Portuguese |
Publication status | Published - 25 Nov 2017 |
Event | VII National Congress of Deaf People – 20 years on the Constitutional Recognition Portuguese Sign Language: It was worth it!: Portuguese Federation of Deaf Associations - Congress - Auditório Roma, Lisboa, Portugal Duration: 25 Nov 2017 → 25 Nov 2017 |
Conference
Conference | VII National Congress of Deaf People – 20 years on the Constitutional Recognition Portuguese Sign Language: It was worth it! |
---|---|
Country/Territory | Portugal |
City | Lisboa |
Period | 25/11/17 → 25/11/17 |
Fingerprint
Dive into the research topics of 'Deaf way in culture studies: the deaf flag of diversity'. Together they form a unique fingerprint.Prizes
-
PhD Research Scholarship by the Foundation for Science and Technology (FCT), Portugal
Gil, C. (Recipient), 2016
Prize