TY - JOUR
T1 - Desnervação renal em doentes com hipertensão arterial resistente
T2 - resultados aos seis meses de seguimento
AU - Dores, Hélder Alexandre Correia
AU - Almeida, Manuel de Sousa
AU - Gonçalves, Pedro de Araújo
AU - Branco , Patrícia
AU - Gaspar , Augusta
AU - Sousa , Henrique
AU - Gomes, Angela Canha
AU - Andrade, Maria João
AU - Carvalho, Maria Salomé
AU - Teles, Rui Campante
AU - Raposo, Luís
AU - Gabriel, Henrique Mesquita
AU - Machado , Francisco Pereira
AU - Mendes, Miguel
PY - 2014/4
Y1 - 2014/4
N2 - Introdução: O aumento da atividade do sistema nervoso simpático desempenha um papel preponderante na fisiopatologia da hipertensão arterial (HTA). Recentemente foi desenvolvida uma técnica de intervenção percutânea – a desnervação renal (DNR) – para o tratamento da HTA resistente. Objetivo: Avaliar a segurança imediata e a eficácia da DNR aos seis meses na redução da pressão arterial em doentes com HTA resistente. Métodos: Registo prospetivo de doentes com HTA essencial resistente submetidos a DNR entre julho de 2011 e maio de 2013. A eficácia da DNR foi definida pela redução ≥ 10 mmHg da pressão arterial sistólica (PAS), avaliada na consulta dos seis meses de seguimento. Resultados: Numa consulta de HTA resistente avaliaram‐se 177 doentes consecutivos, dos quais 34 (idade 62,7 ± 7,6 anos; 50,0% homens) efetuaram DNR. Não ocorreram complicações vasculares, nomeadamente no acesso ou nas artérias renais. Nos 22 doentes com seguimento completo aos seis meses, a taxa de respondedores foi 81,8% (n=18). A PAS na consulta diminuiu em média 22 mmHg (174 ± 23 versus 152 ± 22 mmHg; p < 0,001) e a diastólica 9 mmHg (89 ± 16 versus 80 ± 11 mmHg; p=0,006). O número de fármacos anti‐hipertensores (5,5 ± 1,0 versus 4,6 ± 1,1; p=0,010) e de classes farmacológicas (5,4 ± 0,7 versus 4,6 ± 1,1; p=0,009) também diminuíram significativamente. Dos parâmetros da monitorização ambulatória da pressão arterial de 24 h e ecocardiográficos analisados, a percentagem de cargas diastólicas (45 ± 29 versus 27 ± 26%; p=0,049) e o índice de massa ventricular esquerda (174 ± 56 versus 158 ± 60 g/m2; p=0,014) diminuíram significativamente. Conclusão: Na população estudada de doentes com HTA resistente submetidos a DNR, esta foi uma intervenção segura e eficaz na redução da pressão arterial aos seis meses de seguimento.
AB - Introdução: O aumento da atividade do sistema nervoso simpático desempenha um papel preponderante na fisiopatologia da hipertensão arterial (HTA). Recentemente foi desenvolvida uma técnica de intervenção percutânea – a desnervação renal (DNR) – para o tratamento da HTA resistente. Objetivo: Avaliar a segurança imediata e a eficácia da DNR aos seis meses na redução da pressão arterial em doentes com HTA resistente. Métodos: Registo prospetivo de doentes com HTA essencial resistente submetidos a DNR entre julho de 2011 e maio de 2013. A eficácia da DNR foi definida pela redução ≥ 10 mmHg da pressão arterial sistólica (PAS), avaliada na consulta dos seis meses de seguimento. Resultados: Numa consulta de HTA resistente avaliaram‐se 177 doentes consecutivos, dos quais 34 (idade 62,7 ± 7,6 anos; 50,0% homens) efetuaram DNR. Não ocorreram complicações vasculares, nomeadamente no acesso ou nas artérias renais. Nos 22 doentes com seguimento completo aos seis meses, a taxa de respondedores foi 81,8% (n=18). A PAS na consulta diminuiu em média 22 mmHg (174 ± 23 versus 152 ± 22 mmHg; p < 0,001) e a diastólica 9 mmHg (89 ± 16 versus 80 ± 11 mmHg; p=0,006). O número de fármacos anti‐hipertensores (5,5 ± 1,0 versus 4,6 ± 1,1; p=0,010) e de classes farmacológicas (5,4 ± 0,7 versus 4,6 ± 1,1; p=0,009) também diminuíram significativamente. Dos parâmetros da monitorização ambulatória da pressão arterial de 24 h e ecocardiográficos analisados, a percentagem de cargas diastólicas (45 ± 29 versus 27 ± 26%; p=0,049) e o índice de massa ventricular esquerda (174 ± 56 versus 158 ± 60 g/m2; p=0,014) diminuíram significativamente. Conclusão: Na população estudada de doentes com HTA resistente submetidos a DNR, esta foi uma intervenção segura e eficaz na redução da pressão arterial aos seis meses de seguimento.
KW - Hipertensão arterial resistente
KW - Desnervação renal
KW - Hipertrofia ventricular esquerda
KW - Renal denervation
KW - Left ventricular hypertrophy
KW - Resistanthyper tension
KW - Resistant hypertension
KW - Renal denervation
KW - Left ventricular hypertrophy
UR - http://www.scopus.com/inward/record.url?scp=84901610454&partnerID=8YFLogxK
U2 - 10.1016/j.repc.2013.09.008
DO - 10.1016/j.repc.2013.09.008
M3 - Article
C2 - 24472425
SN - 0870-2551
VL - 33
SP - 197
EP - 204
JO - Revista Portuguesa de Cardiologia
JF - Revista Portuguesa de Cardiologia
IS - 4
ER -