TY - JOUR
T1 - Identidade e identidades na ficção televisiva nacional
T2 - 2000-2006
AU - Burnay, Catarina Duff
PY - 2006/1/1
Y1 - 2006/1/1
N2 - A ficção televisiva, nomeadamente a telenovela, tem funcionado, ao longo dos anos, como agente definidor de grelhas de programação, arrastando audiências de forma transversal. A sua força emocional e o seu estatuto melodramático têm permitido as maiores transformações no mercado televisivo nacional, que assiste, a partir de 1992, ano de aparecimento dos dois canais comerciais nacionais, a um aceso clima concorrencial. Desde essa altura, mantêm-se as guerras pela audiência, recorrendo-se à transmissão de formatos inovadores, à contratação de novos rostos e à transmissão de séries e telenovelas. Mas se, numa primeira fase (1992-2000), as estações desenvolveram a sua programação em torno da ficção brasileira, já enraizada no imaginário português desde 1977 (Gabriela pela RTP1), numa segunda fase (2000-2006), a programação tem sido desenvolvida em torno das séries e telenovelas portuguesas. Este volte-face nas tendências de gosto levaram-nos a colocar uma hipótese sobre a importância da ficção televisiva no estabelecimento de fronteiras simbólicas e identitárias do espaço e do tempo nacionais, a partir de 2000. O presente artigo reúne algumas reflexões preliminares sobre a temática.
AB - A ficção televisiva, nomeadamente a telenovela, tem funcionado, ao longo dos anos, como agente definidor de grelhas de programação, arrastando audiências de forma transversal. A sua força emocional e o seu estatuto melodramático têm permitido as maiores transformações no mercado televisivo nacional, que assiste, a partir de 1992, ano de aparecimento dos dois canais comerciais nacionais, a um aceso clima concorrencial. Desde essa altura, mantêm-se as guerras pela audiência, recorrendo-se à transmissão de formatos inovadores, à contratação de novos rostos e à transmissão de séries e telenovelas. Mas se, numa primeira fase (1992-2000), as estações desenvolveram a sua programação em torno da ficção brasileira, já enraizada no imaginário português desde 1977 (Gabriela pela RTP1), numa segunda fase (2000-2006), a programação tem sido desenvolvida em torno das séries e telenovelas portuguesas. Este volte-face nas tendências de gosto levaram-nos a colocar uma hipótese sobre a importância da ficção televisiva no estabelecimento de fronteiras simbólicas e identitárias do espaço e do tempo nacionais, a partir de 2000. O presente artigo reúne algumas reflexões preliminares sobre a temática.
KW - Gender
KW - Identity
KW - Production
KW - Television fiction
KW - Estudos de recepção
KW - Ficção televisiva
KW - Género
KW - Produção
KW - Telenovela
U2 - 10.34632/comunicacaoecultura.2006.364
DO - 10.34632/comunicacaoecultura.2006.364
M3 - Article
SN - 1646-4877
SP - 57
EP - 71
JO - Comunicação & Cultura
JF - Comunicação & Cultura
IS - 1
ER -