Abstract
O artigo analisa num enquadramento teórico de transferência e mobilidade cultural (Greenblatt 2010) a obra da pintora sul-africana de origem judia alemã Irma Stern (1894-1966) produzida ou tendo como temática a ilha Madeira. A sua estadia em 1931 é exemplo paradigmático dos contactos entre as periferias insulares e os centros europeus, onde se geravam os movimentos vanguardistas. Com formação artística adquirida na Alemanha, de índole marcadamente expressionista, a pintora lançou sobre a Madeira um olhar simultaneamente enlevado e crítico. Viveu e cresceu num cruzamento de culturas: as das suas origens, alemã, judia e sul-africana e aquelas com que contactou durante as suas viagens a Inglaterra, França, Itália, Senegal, Congo, Zanzibar. É abordada a relação da pintora com o movimento expressionista alemão e são analisadas, nas suas opções temáticas e estilísticas e em função do percurso da pintora, algumas das obras realizadas na Madeira, fruto das suas estadias em 1931, 1950 e 1963.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 153-171 |
Journal | Translocal |
Issue number | 2 |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Irma Stern
- Expressionism
- Insularity