Abstract

No mundo da romanidade em que o cristianismo antigo se expandiu, a celebração do Natal foi um instrumento de cristianização, re-significando cultos solares muito populares no Império. Mesmo num calendário cristianizado, subsistiram muitos imaginários diferentes que, de forma plástica, se combinaram. Esses sedimentos têm agora uma difícil legibilidade nas nossas sociedades. O tempo liso do mercado parece não dar espaço à narrativa e à genealogia, achatando o espaço social da memória. Como sempre aconteceu, o Natal sobreviveu mudando. Se o paradigma da abundância e do crescimento económico for substancialmente afetado, provavelmente o Natal conhecerá outras metamorfoses.
Original languageUndefined/Unknown
JournalCommunio
Publication statusPublished - 2014

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