Os "dois ofícios dos olhos": ver e chorar no cinema

Maria do Rosário Lupi Bello

Os "dois ofícios dos olhos": ver e chorar no cinema

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Abstract

Taking into account Father António Vieira’s sentence about the fact that «only the eyes have two crafts: seeing and crying», the present essay seeks to interrogate the way crying is represented by cinema, the art of vision. For such an aim a number of different films is taken as example — Stromboli (1950) by Roberto Rossellini, Blade Runner (1982) by Ridley Scott, Belle de Jour (1967) by Luis Buñuel, Belle Toujours (2006) and Palavra e Utopia (2000), both by Manoel de Oliveira, Tabu (2012) by Miguel Gomes and a brief reference to some other cases —, since in all of them tears present a decisive value in the economy of significance of the movie, although with variable symbolic meanings. Thus the paradox constituting the ontology of cinema, an iconic and temporal art which ultimately seeks the visibility of the invisible, can be better and more deeply understood.

Original language	Portuguese
Title of host publication	Poética das lágrimas
Subtitle of host publication	olhares cruzados sobre textos e contextos femininos
Editors	Isabel Morujão, Geise Teixeira
Place of Publication	Porto
Publisher	Universidade do Porto
Pages	207-216
Number of pages	10
Volume	1
Edition	1
ISBN (Electronic)	9789898970633
ISBN (Print)	9789898970626
Publication status	Published - Dec 2023

Keywords

Cinema
Crying
Tears

Access to Document

92467436Final published version, 1.23 MBLicence: CC BY-ND

http://hdl.handle.net/10400.14/45090Licence: CC BY-ND

Cite this

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TY - CHAP

T1 - Os "dois ofícios dos olhos"

T2 - ver e chorar no cinema

AU - Bello, Maria do Rosário Lupi

PY - 2023/12

Y1 - 2023/12

N2 - Partindo da afirmação do padre António Vieira sobre o facto de «só os olhos [terem] dois ofícios: ver e chorar», o presente ensaio procura interrogar o modo como o cinema, arte da visão, repre senta o choro. Para tal usa-se o exemplo de vários filmes — Stromboli (1950) de Roberto Rossellini, Blade Runner (1982) de Ridley Scott, Belle de Jour (1967) de Luis Buñuel, Belle Toujours (2006) e Palavra e Utopia (2000), ambos de Manoel de Oliveira, Tabu (2012) de Miguel Gomes e ainda a breve referência a outras obras — nas quais as lágrimas apresentam um valor simbólico variável, mas sempre decisivo na sua economia significativa. Desta forma procura-se compreender e aprofundar o paradoxo constitu tivo da ontologia do cinema enquanto arte icónica e temporal que, em última instância, busca a visibilidade do invisível.

AB - Partindo da afirmação do padre António Vieira sobre o facto de «só os olhos [terem] dois ofícios: ver e chorar», o presente ensaio procura interrogar o modo como o cinema, arte da visão, repre senta o choro. Para tal usa-se o exemplo de vários filmes — Stromboli (1950) de Roberto Rossellini, Blade Runner (1982) de Ridley Scott, Belle de Jour (1967) de Luis Buñuel, Belle Toujours (2006) e Palavra e Utopia (2000), ambos de Manoel de Oliveira, Tabu (2012) de Miguel Gomes e ainda a breve referência a outras obras — nas quais as lágrimas apresentam um valor simbólico variável, mas sempre decisivo na sua economia significativa. Desta forma procura-se compreender e aprofundar o paradoxo constitu tivo da ontologia do cinema enquanto arte icónica e temporal que, em última instância, busca a visibilidade do invisível.

KW - Cinema

KW - Crying

KW - Tears

KW - Cinema

KW - Choro

KW - Lágrimas

M3 - Chapter

SN - 9789898970626

VL - 1

SP - 207

EP - 216

BT - Poética das lágrimas

A2 - Morujão, Isabel

A2 - Teixeira, Geise

PB - Universidade do Porto

CY - Porto

ER -