Principais marcos da história de enfermagem em Portugal do séc. XII até ao séc. XIX

Introdução (80 palavras): Entender o passado é importante para podermos abordar o presente e o futuro de forma mais refletida (Santos, 2012). Para compreender a história da enfermagem em Portugal, devemos incorporar um conjunto de elementos, relacionados com a história da assistência e com a própria História de Portugal. De forma específica a história das instituições, da administração pública e da formação em enfermagem. Estes limites temporais, desde a idade média até à contemporânea, permitem analisar diferentes aspetos do desenvolvimento e evolução. Objetivos (70 palavras): Descrever as principais influências e marcos históricos da assistência de Enfermagem no período compreendido entre o séc. XII e XIX, em Portugal. Metodologia (90 palavras): Revisão integrativa realizada entre setembro e outubro de 2020 nas bases de dados Scielo Portugal, RCAAP, PubMED, EBSCO, com descritores nurs*, Portugal e history of nursing, utilizando-se o método PICo: a população são os enfermeiros, o interesse são os principais marcos que influenciaram a história da enfermagem em Portugal no período desde o séc. XII ao séc. XIX e o contexto a prática assistencial de enfermagem nesse período. A pergunta de investigação foi: “Quais os principais marcos da história de enfermagem no período desde o séc. XII ao séc. XIX?”. Resultados (160 palavras): Dos 555 artigos, eliminaram-se 306 pela leitura do título, 236 pela do abstract e 2 eram repetidos. A amostra final foi de 11 artigos de fontes secundárias. Na idade Média os cuidados estavam centralizados nos mosteiros de acordo com regras beneditinas. Quase não havia instrução primária, nem formação profissional até aos finais do século XIX (Silva, 2015). A criação do hospital de Todos os Santos e da santa casa da misericórdia de Lisboa no séc. XV transformaram o paradigma de uma administração laica e local para um mais centralizador. Houve evolução no papel do estado até ao século XIX, a partir daí o estado passa a ser responsável pela assistência (Santos, 2012). No séc. XVIII foi publicado “Postilha Religiosa e Arte de Enfermeiros”. Em 1860 Florence Nightingale fundou a primeira escola de enfermagem. Nesse contexto, os médicos influenciados pela cultura francesa e inglesa defendem a formação. A primeira escola surge em 1881. Havia formação laica e a religiosa, (Ferreira, 2014). Conclusões (100 palavras): A enfermagem nem sempre foi considerada uma profissão e a passagem de ofício a profissão reconhecida socialmente foi um processo lento, marcado por influências estrangeiras e pela história de Portugal, estando relacionada com fatos e contextos históricos. A construção curricular no início da educação organizada em enfermagem teve origem nas funções que os enfermeiros executavam nos hospitais ao longo do país, aparecendo com base na tradição prática do exercício. A profissão em Portugal continua hoje em constante evolução, marcada por uma formação cada vez mais especializada, com diferentes mestrados e doutoramentos, uma adaptação permanente a novas técnicas, influências e tratamentos.