A Revolução Industrial trouxe à Humanidade bem mais do que máquinas e produtividade.Alterou, em concomitância, a concepção que existia até então quanto ao papel desempenhadopelo Homem na sociedade e fez com que, no início do século XX, muitos seres humanos seconcebessem como átomos insignificantes de uma grande e implacável engrenagem. Dapintura ao bailado, passando pela literatura e pelo cinema, o movimento existencialista surgiucomo uma necessidade de responder a esta desumanização, trazendo de novo à discussão asgrandes questões da essência humana. Procurou devolver ao Homem, enquanto indivíduo, acapacidade de dinamizar e operar a mudança, reacendendo, em simultâneo, as dúvidasoriginais.Vergílio Ferreira foi um dos expoentes máximos do existencialismo em Portugal,especialmente numa segunda fase da sua obra. Através de romances como Para Sempre,Manhã Submersa ou Cântico Final, explorou todas as dimensões da mortalidade humana e induziu nos seus leitores mais atentos o sentimento de angústia permanente que o obsidiava. Entre as décadas de 70 e 80, Manuel Guimarães, primeiro, e Lauro António, depois,procuraram transferir o ambiente vergiliano para o cinema. Antes de propormos um exercício de adaptação de Aparição, procuraremos analisar e compreender os métodos, motivações e o sucesso dos esforços desenvolvidos por estes realizadores.
Date of Award | 2011 |
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Original language | Portuguese |
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Awarding Institution | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Adriano Nazareth (Supervisor) |
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Para uma nova representação da perspectiva existencialista de Vergílio Ferreira na cinematografia: argumento : 2010-2011
Fardilha, F. M. C. L. D. S. (Student). 2011
Student thesis: Master's Thesis