Estudos realizados explorando a relação entre religiosidade e bem-estar, têm evidenciado uma relação positiva entre ambas. Contudo, os mecanismos pelos quais esta influência é exercida, não são claros. A maioria dos estudos sobre esta temática focam-se ou em questões ligadas a aspetos cognitivos - a busca de sentido e de coerência (eg. Testoni, Visintin, Capozza, Carlucci & Shams, 2016) -, ou sociais - a identificação e o apoio por parte de um grupo religioso (eg. Ng & Fisher, 2016). O presente estudo, com um desenho misto, combinando a investigação quantitativa e qualitativa, propôs-se verificar a relação entre a religiosidade/espiritualidade (R/E) e bem-estar, procurando identificar a forma (ou formas) que melhor possam explicar a relação as duas variáveis. No estudo quantitativo, contrariando estudos anteriores, em algumas das escalas utilizadas não foram encontradas relações significativas entre a variável R/E e bem-estar, não existindo também diferenças entre grupos dos indivíduos que têm uma prática regular ou uma prática não regular ou que não são crentes. Na investigação qualitativa verificou-se uma percepção da associação da R/E e bem-estar, sendo evidenciada a relação orante Deus-Pai como sendo o mecanismo que melhor explica essa associação.
Período | 2020 |
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Realizado em | Universidade Católica Portuguesa |
Grau de reconhecimento | Mestrado |