Resumo
A criação significa a doação de Deus na realidade do que não é ele, ou seja, na realidade do mundo. A criação não é uma emanação, mas é uma ação que põe uma realidade transcendente a Deus (alteridade) a partir do nada (ex nihilo). A criação é um ato de vontade livre que consiste numa processão iniciante de Deus ad extra do que é ad intra, das suas próprias processões trinitárias. Deus, enquanto realidade subsistente, dá realidade subsistente às essências criadas fechadas do mundo material, o qual se vai progressivamente formando a partir de si mesmo, naquilo a que se chama de evolução. A natureza de uma essência aberta é o momento de finitude com que se plasma ad extra a vida trinitária. Ao contrário do que acontece com a criação dos astros e das pedras, na criação das essências abertas, que são os homens, não há por parte de Deus para a sua criação uma ideia distinta. A ideia que preside à criação da essência aberta é a própria realidade divina da vida trinitária. A pessoa humana é a forma finita de ser como é Deus, em inteligência, vontade e sentimento, vivendo como Deus vive, trinitariamente.
Título traduzido da contribuição | The creative action of God in philosophical theology of Xavier Zubiri |
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Idioma original | Spanish |
Páginas (de-até) | 489-505 |
Número de páginas | 17 |
Revista | Cauriensia |
Volume | 10 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicado - 1 jan. 2015 |
Keywords
- Criação
- Processões trinitárias
- Transcendência de Deus
- Mundo aberto
- Realidade
- Essências fechadas
- Essências abertas