Resumo
A contraurbanização é hoje uma realidade incontornável, prolixa e caracterizada por dinâmicas estruturantes de dimensão diversa. Este fenómeno, designado na linguagem anglosaxónica por population turnaround, consiste no declínio demográfico e industrial das áreas urbanas centrais em detrimento da revitalização populacional e industrial de espaços rurais do mundo desenvolvido. Por isso mesmo, como acabamos de afirmar, trata-se de um fenómeno prolixo, não generalizado, que coincide com o declínio das cidades industriais e define um novo marco de urbanização do espaço rural e/ou crescimento das periferias, contrariando os processos de urbanização e reurbanização, que transformaram as cidades em pólos aglutinadores de recursos. Surge como uma reacção à degradação física e social das cidades centrais, potenciada pelo rápido desenvolvimento tecnológico, com incidências directas ao nível das vias de comunicação, e o declínio das indústrias tradicionais, factores geradores de uma urbanização dispersa e difusa. Por isso, contrariamente à suburbanização, a
contraurbanização marca uma ruptura simbólica com a cidade, iniciando-se com ela uma nova fase de produção do espaço e de relações. Assume particular relevância no contexto actual, onde se sente cada vez mais a necessidade de um desenvolvimento local que se quer homogéneo, integrado e sustentável.
Neste sentido, porque tem a particularidade de descongestionar as cidades e revitalizar os espaços rurais, a contraurbanização afigura-se como um factor que pode contribuir para o desenvolvimento equilibrado das regiões e, por isso mesmo, passível de ser planificado. Decidimos abordar esta temática a partir de uma metodologia tripartida: noção e enquadramento histórico do fenómeno da
contraurbanização; a cidade e as suas metamorfoses ao longo do tempo e, por último, os fundamentos teóricos da contraurbanização.
contraurbanização marca uma ruptura simbólica com a cidade, iniciando-se com ela uma nova fase de produção do espaço e de relações. Assume particular relevância no contexto actual, onde se sente cada vez mais a necessidade de um desenvolvimento local que se quer homogéneo, integrado e sustentável.
Neste sentido, porque tem a particularidade de descongestionar as cidades e revitalizar os espaços rurais, a contraurbanização afigura-se como um factor que pode contribuir para o desenvolvimento equilibrado das regiões e, por isso mesmo, passível de ser planificado. Decidimos abordar esta temática a partir de uma metodologia tripartida: noção e enquadramento histórico do fenómeno da
contraurbanização; a cidade e as suas metamorfoses ao longo do tempo e, por último, os fundamentos teóricos da contraurbanização.
Idioma original | Portuguese |
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Título da publicação do anfitrião | Actas do VII Congresso Português de Sociologia, Sociedade, Crise e Reconfigurações |
Editora | Associaçao Portuguesa de Sociologia (APS) |
Número de páginas | 13 |
ISBN (impresso) | 9789899798106 |
Estado da publicação | Publicado - 2012 |
Evento | VII Congresso Português de Sociologia, Sociedade, Crise e Reconfigurações - Universidade do Porto, Porto Duração: 19 jun. 2012 → 22 jun. 2012 Número de conferência: 7 |
Conferência
Conferência | VII Congresso Português de Sociologia, Sociedade, Crise e Reconfigurações |
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País/Território | Portugal |
Cidade | Porto |
Período | 19/06/12 → 22/06/12 |
Keywords
- Contra-urbanização
- Industrialização
- Metamorfose das Cidades
- Desenvolvimento Sustentável