Resumo
Este livro pretende analisar a obra de João Canijo e a sua relação com as representações da identidade nacional. Para isso, socorre-se de uma revisão bibliográfica sobre a identidade cultural portuguesa, em diversas dimensões (histórica, literária e antropológica), ressaltando, sobretudo, a importância da ideologia salazarista e a tensão identitária da situação atual. Na segunda parte, o livro ensaia uma análise a oito longas-metragens do realizador, propondo a ideia de uma dramaturgia da violência, através de uma intertextualidade com a tragédia grega e o melodrama cinematográfico, que pretende dar conta de um imaginário português contemporâneo, que se baseia numa sociedade patriarcal e na sua violência. Nesse sentido, argumenta-se a importância de conceitos como a não-inscrição, de José Gil, ou o recalcado, de Eduardo Lourenço, para a compreensão dos filmes. Num último momento, esta análise percorre o debate do realismo no cinema, através do prisma das mudanças contemporâneas sugeridas pela obra do cineasta, em que se destaca uma hibridez entre elementos ficcionais e documentais. Sugere-se, finalmente, uma dramaturgia da violência nos filmes de João Canijo que procura rever o imaginário existente no que diz respeito à identidade portuguesa e às suas representações culturais.
Título traduzido da contribuição | A dramaturgy of violence: the films of João Canijo |
---|---|
Idioma original | Portuguese |
Local da publicação | Lisboa |
Editora | Imprensa de História Contemporânea |
Número de páginas | 282 |
ISBN (impresso) | 9789898956095, 9789898956071, 9789898956088 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicado - 2019 |
Keywords
- Portugal
- Identidade nacional
- Cinema português
- Violência
- Salazarismo
- Tragédia
- Realismo
- Melodrama