Resumo
Através de um debate entre os conceitos de “fábula” e “hiper-realidade” – defendidos por Milton Santos (2001) e Jean Baudrillard (1991) para dar conta de perdas e hegemonias observadas na contemporaneidade –, o artigo analisa duas canções da rapper paulistana Negra Li: “Olha o menino”, de 2004, e “Brasilândia”, de 2019, bem como o videoclipe desta última. O olhar criativo e em primeira pessoa da mulher negra sobre a periferia que a projetou ao mundo traz um exame essencial aos modelos de ascensão social e autenticidade vividos na modernidade tardia. O artigo sustenta que, ao atravessar mais de uma década, o assertivo verso “Brasilândia não é Disneylândia” é poderoso recurso para alinhavar as críticas da representação da favela, forjada também pelo audiovisual brasileiro, com a de um mundo calcado em meras simulações do real.
Título traduzido da contribuição | Brasilândia is not Disneyland: Negra Li, fable and hyper-reality |
---|---|
Idioma original | Portuguese |
Páginas (de-até) | 124-141 |
Número de páginas | 18 |
Revista | Nava |
Volume | 7 |
Número de emissão | 1 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicado - 14 dez. 2021 |
Keywords
- Rap brasileiro
- Modernidade tardia
- Favela
- Audiovisual brasileiro