Resumo
O objectivo do presente estudo foi estimar a prevalência e incidência da perturbação depressiva e da sintomatologia depressiva no período perinatal numa amostra baseada na população. Trezentas e oitenta e seis mulheres Portuguesas (idade média=30.08 anos,DP=4.21) foram entrevistadas usando a versão portuguesa da Diagnostic Interview for Genetic Studies e completaram o Beck Depression Inventory-II/BDI-II e a Postpartum Depression Screening Scale/PDSS, na gravidez e no pós-parto. O sistema polidiagnóstico OPCRIT gerou os diagnósticos segundo a CID-10 e o DSM-IV. A prevalência de 1 mês na gravidez foi de 2.3%/CID-10 e de 1.3%/DSM-IV; no pós-parto foi de 16.6% e de 11.7%.a incidência na gravidez foi de 0%/CID-10 e de .3%/DSM-IV e no pós-parto foi de 7.5%/CID-10 e de 4.9%/DSM-IV. A prevalência de depressão pontual encontrada através dos pontos de corte para o BDI-II variaram de 13.7% a 19.4% na gravidez e de .8% a 13.0%no pós-parto e para a PDSS variaram de 14.2% a 17.9% na gravidez e de 3.9% a 12.7%no pós-parto. Na mesma amostra, diferentes sistemas de diagnóstico geraram diferentes taxas de prevalência e de incidência. Foram encontradas taxas mais elevadas usando questionários de auto-resposta. A CID-10 produziu taxas de prevalência e de incidência mais elevadas do que o DSM-IV.
Título traduzido da contribuição | Epidemiology of perinataldepression in Portugal categorical and dimensional approach |
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Idioma original | Portuguese |
Páginas (de-até) | 443-448 |
Número de páginas | 6 |
Revista | Acta Medica Portuguesa |
Volume | 24 |
Número de emissão | SUPPL.2 |
Estado da publicação | Publicado - 2011 |
Publicado externamente | Sim |