Resumo
A partir de cenas a evocarem ora medo, ora esperança, na obra O homem do castelo alto, o artigo propõe que a estratégia de Philip K. Dick envolve dispositivos meta-ficcionais como o “livro dentro do livro” precisamente em função de sua escolha por um evento tão fundante como foi a Segunda Guerra Mundial, para então possibilitar visões críticas em diferentes níveis históricos. Tais meta-movimentos, que impulsionam múltiplas leituras, são então refletidos nas duas dimensões da estória, através da circulação de objetos a conter historicidade – algo tomado como exemplo da potencialidade do ato estético em meio a tempos totalitários. As forças aparentemente paradoxais a emanarem de artefatos (o fulgor das metáforas reside tanto no fictício O gafanhoto torna-se pesado quanto na joia) abrem espaço para a construção do diferente, e de mecanismos imaginativos que escapam a existências unívocas.
Título traduzido da contribuição | Medo, esperança e o ato estético: dispositivos meta-ficcionais em O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick |
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Idioma original | English |
Páginas (de-até) | 32-46 |
Número de páginas | 15 |
Revista | Entrelaces |
Volume | 10 |
Número de emissão | 22 |
Estado da publicação | Publicado - 12 mar. 2021 |
Keywords
- Metaficção
- Totalitarismo
- História alternativa