Resumo
O fenómeno de "followership" foi negligenciado devido à premissa de que os "followers" são produto da liderança. Com o tempo, a sua posição na equação mudou e passam a ser vistos como agentes explicativos do processo. Esta tese inscreve-se nesta abordagem, defendendo que a compreensão da natureza do "followership" emerge da análise da resistência/passividade a um líder destrutivo. O primeiro estudo analisa a natureza conceptual de "followership" e propõe uma classificação de tipos de "followers". Este estudo permite compreender a amplitude do comportamento dos "followers", propondo a resistência como expressão de "followership". O segundo estudo analisa o impacto das crenças dos "followers" sobre o seu papel nos processos de resistência a diferentes tipos de líderes destrutivos. Os resultados sugerem que a forma como os "followers" concebem o seu papel é importante na explicação da resistência. O terceiro estudo examina a natureza dos comportamentos de resistência e propõe uma reinterpretação de uma escala existente, em que um dos fatores divide-se em dois. A pertinência da proposta foi testada num modelo que sugere diferenciação nomológica. O último estudo aponta para os novos desafios aos processos de liderança/"followership", em que os "followers" são chamados a interagir com chefias sintéticas (i.e., inteligência artificial). É analisado um processo explicativo de comportamentos de obediência e os resultados sugerem que a teoria processual existente não se aplica. Globalmente, conclui-se que estudar "followership" num contexto adverso amplia o conhecimento sobre a natureza do fenómeno e sugere que os "followers" são agentes protetores nestes contextos adversariais.
Idioma original | English |
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Instituição de premiação |
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Supervisores/Consultores |
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Data do prémio | 21 jun. 2022 |
Estado da publicação | Publicado - 2022 |
Publicado externamente | Sim |