Itinerâncias simbólicas no “Campo Geral” roseano

Resultado de pesquisarevisão de pares

Resumo

O universo ficcional de João Guimarães Rosa fundamenta a sua estrutura
simbólica nuclear na notação homérica e bíblica de uma itinerância
do homem em busca de si mesmo. Inscrita no referente espacial da
paisagem sertaneja, essa odisseia ou exílio pelas coordenadas agrestes
do mundo tende a confrontar a consciência do homem com a vizinhança
contrastiva e multiforme dos outros animais, convocados, como aqueles,
para o mistério insondável do seu peculiar destino mortal.
No “Campo Geral”, o pequeno Miguilim, criado entre vários irmãos,
tios, avós e vizinhos, e rodeado de uma fauna multiforme e colorida,
ensaiará, no depurar de vivências e memórias, a sua íntima viagem de
autoconhecimento: será sobretudo pela ambivalente figuração dos cães
(excecionalmente numerosos) – ora brutas feras infernais, ora os mais
fiéis dos amigos – que o pequeno intuirá, especularmente, a sua dúplice
identidade, e a certeza trágica da sua solidão intransitiva
Idioma originalPortuguese
Título da publicação do anfitriãoCães e imaginário
Subtítulo da publicação do anfitriãoliteratura, cinema, banda desenhada
EditoresCristina Álvares, Ana Lúcia Curado, Isabel Cristina Mateus, Sérgio Guimarães de Sousa
Local da publicaçãoBraga
EditoraEditora Húmus
Capítulo6
Páginas83-100
Volume37
ISBN (impresso)9789897554223
Estado da publicaçãoPublicado - 1 set. 2019

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