Atividades por ano
Resumo
O período entre 1926 e 1945 foi marcado pelo processo de profissionalização do fado e pela introdução de uma lógica comercial, o que foi acompanhado pela busca de uma afirmação sociocultural e do seu reconhecimento como canção nacional. O meio fadista era então atravessado por dinâmicas conflituais, por lideranças marcadas por um radicalismo político e pelo fortalecimento progressivo do jornalismo. Nesta conjuntura, intensificou-se um processo de metamorfose latente que marca o fado. Este trabalho pretende analisar os elementos religiosos que são reconhecíveis nessa mutação, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público. As dinâmicas de religiosidade e de espiritualidade também subsistem nas suas mitologias, nos espaços e nas sociabilidades que concitou, nos matizes deterministas que transportou ou na densidade existencial que construiu. Na poética popular, concretamente na abordagem vivencial em que se cantam os contrastes sociais ou os vínculos afetivos, bem assim na gestualidade em que o fado se exprimiu, o religioso participa na produção de sentimentos, de imagéticas e de normatividades.
Idioma original | Portuguese |
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Qualificação | Doctor of Philosophy |
Instituição de premiação |
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Supervisores/Consultores |
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Data do prémio | 4 mar. 2020 |
Estado da publicação | Publicado - 4 mar. 2020 |
Publicado externamente | Sim |
Atividades
- 1 Examination
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«Não sei se canto se rezo»: ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)
Leite, R. M. (Arguente), Teixeira, A. (Arguente), Marques, T. P. (Orientador), Campos Matos, S. (Arguente), Cova, A. (Arguente Principal) & Vieira Nery, R. (Arguente Principal)
4 mar. 2020Atividade