Resumo
A emergência do humano na cadeia evolutiva das espécies assinala um salto ontológico. Enquanto a antropologia bíblica sublinha a diferença do Homem em relação à matéria e aos demais animais (o ser imagem de Deus), as teorias evolutivas evidenciam, por seu lado, o parentesco do Homem com o Animal, no phylum dos primatas. O presente artigo procura estabelecer um diálogo com as teorias evolutivas, sem ter de comprometer a especificidade da antropologia cristã. No âmbito da continuidade evolutiva, acontece uma descontinuidade ontológica, expressa tradicionalmente pelo conceito de «alma» (o momento ontológico que configura humanamente a matéria). Sem deixar de ser animal, o Homem é criação pessoal de Deus, acontecimento relacional. Ele é, pois, o único animal capaz de dar nome às coisas e de tentar decifrar o enigma da sua vida e da sua origem.
Idioma original | Portuguese |
---|---|
Páginas (de-até) | 271-283 |
Número de páginas | 13 |
Revista | Didaskalia |
Volume | 41 |
Número de emissão | 1 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicado - 1 jan. 2011 |