Oblivious to the story: the case of the shooter game RIO

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Resumo

O artigo propõe uma leitura sobre os modos em que o videojogo brasileiro RIO — Raised in Oblivion (cujo pré-lançamento se deu em 2020) retrata as favelas como espaços de violência e apropriação de imaginários anteriores —mas ainda presentes— sobre esses ambientes. Ao recuperar Tropa de Elite (realizado por José Padilha, em 2007) como criador de outros vocabulários ficcionais no cinema, a envolver o “subir o morro atirando” (pelo seu uso particular de personagens, narrativas documentais e técnicas transmedia), o artigo enfatiza qualidades pós-modernas na jogabilidade e storytelling de RIO, através de conceitos de Lipovetsky (1989) e Lyotard (1989). Teóricos dos novos media como Bolter e Grusin (2000) e Turkle (1997) auxiliam-nos no reconhecimento de singularidades do videojogo no que tange à comparação a outros media, e Soraya Murray (2018) serve-nos de base à nossa aproximação teórica aos videojogos de tiro, uma vez que detectamos nos imaginários e fantasias de violência construídos em RIO e emprestados de outros discursos, um potencial impacto sobre como as favelas são percebidas: quer seja, sítios espetacularizados onde a alteridade encontra pouco ou nenhum refúgio narrativo. Ao tomar tal curso, esta comunicação procura interpretar os videojogos produzidos em localidades tão desiguais quanto o Brasil como artefatos altamente relevantes para se entender as bases em que as representações de violência nas favelas tomam forma através de novas tecnologias.
Idioma originalEnglish
Páginas (de-até)32-38
Número de páginas7
RevistaRotura
Número de emissão1
DOIs
Estado da publicaçãoPublicado - 22 fev. 2021

Keywords

  • Violência e videojogos
  • Jogos de tiro
  • Cinema brasileiro nos anos 2000
  • Pós-modernidade
  • Representações da favela

Impressão digital

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