Resumo
O presente trabalho é um estudo sobre um dos factos mais marcantes da história da política florestal e das actividades dos Serviços Florestais em Portugal, desde a sua criação, no início do século XIX, até aos dias de hoje, a saber: sendo Portugal um país onde o peso da propriedade florestal privada é dominante, as políticas públicas para o sector e o órgão da Administração Pública mais directamente responsável pela sua concepção e execução não têm, contudo, prestado a devida atenção a esta realidade. Porquê? Com esta investigação pretendemos contribuir para uma resposta a esta questão. Utilizando um enquadramento teórico fundado nos conceitos de dependência da trajectória, fontes de poder burocrático e “advocacy coalition framework”, serão aqui formuladas hipóteses explicativas do problema atrás identificado, hipóteses essas que serão depois analisadas à luz de factos históricos que ocorreram desde a criação dos Serviços Florestais em Portugal, no início do século XIX, até à publicação da legislação do Regime Florestal, no início do século XX, legislação essa que iria constituir o quadro legal da política florestal durante o século seguinte, até aos dias de hoje. Como se mostrará nesta análise, as condições iniciais de formação dos Serviços Florestais tiveram uma grande influência na trajectória que depois seguiram as suas actividades, bem como a política florestal do país, contribuindo, assim, para explicar o problema atrás enunciado.
Título traduzido da contribuição | Os serviços florestais desde a sua criação até à leis do regime florestal |
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Idioma original | Portuguese |
Instituição de premiação |
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Supervisores/Consultores |
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Data do prémio | 1 jan. 2009 |
Estado da publicação | Publicado - 2009 |