Resumo
David Bowie manteve uma relação distante e crítica a respeito da religião. Nos seus textos musicais é difícil detectar uma espécie de «suspiro por um além» – ou, diríamos, de sinais explícitos de transcendência. Partindo do tema do «espaço» (cósmico) o autor critica certos desejos alienantes de fuga mundi, que evitam a questão existencial e antropológica de fundo: como viver num mundo caótico e absurdo? Com clara influência nietzscheana, Bowie falará da ficção consciente como forma humana de habitar o mundo. «Máscara», «espelho», «palco» e «armário» tornam-se símbolos de uma reflexão antropológica e, possivelmente, de uma forma de autotranscendência – consciente de si e aberta aos outros.
Título traduzido da contribuição | Portraits of space in David Bowie |
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Idioma original | Portuguese |
Páginas (de-até) | 77-98 |
Revista | Rever |
Volume | 18 |
Número de emissão | 1 |
DOIs | |
Estado da publicação | Published - 2018 |
Keywords
- Imanência
- Alienação
- Ficção
- Paródia
- Autotranscendência
- Antropologia