Resumo
A ameaça global aos ideais democráticos e aos direitos e liberdades fundamentais exige que os cidadãos avaliem criticamente as diferenças entre formas de persuasão consensuais e formas de persuasão não consensuais, manipuladoras e propagandísticas, a fi m de fazerem escolhas livres e informadas. A partir de um trabalho etnográfi co com uma organização portuguesa de defesa dos direitos das mulheres durante seis meses (janeiro-junho de 2021), este artigo discute a intersecção das relações públicas ativistas e da comunicação persuasiva organizada no âmbito de campanhas feministas. A propaganda surge como um fenómeno sociológico multifacetado e as campanhas de comunicação analisadas neste estudo indicam que, por princípio, a comunicação ativista feminista pode operar no âmbito da persuasão estratégica consensual e não da propaganda. Os resultados também ilustram as possíveis contribuições das relações públicas para a mobilização social, participação cívica e adesão democrática. As observações mostraram que nem todos os tipos de persuasão são prejudiciais ou falsos e que a propaganda não serve apenas para mudar opiniões, mas muitas vezes pretende manter as tendências dominantes e o status quo.
Título traduzido da contribuição | Relações públicas e ativismo feminista: persuasão estratégica consensual ou propaganda? |
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Idioma original | English |
Número de páginas | 24 |
Revista | Revista Comunicando |
Volume | 12 |
Número de emissão | 1 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicado - 2 mai. 2023 |
Keywords
- Propaganda
- Persuasão
- Relações públicas
- Feminismo
- Ativismo