O presente trabalho tem como objetivo discutir a temática do processo migratório e do refugiado no contexto da comunidade cristã em Portugal e no mundo. Com a finalidade de investigar o objeto de estudo foi proposto a seguinte problemática: Quais as normas éticas teológicas que precisam ser criadas conforme as Escrituras Sagradas, para que as fronteiras sejam abertas e, desta maneira, o migrante e o refugiado tenham liberdade de gozar o seu direito de ir e vir? Partindo dessa problemática, é feito em termos metodológicos uma revisão bibliográfica com a finalidade de esclarecer conceitos, de estabelecer um diálogo historiográfico, por meio de uma perspectiva diacrônica, acerca da história de migração e de refugiados no século 21, tendo como arcabouço teórico: Haas (2021), Murray (2018), Vaquero (2023). Além disso, foi realizado um estudo, de forma detalhada, sobre o referencial teórico da Revista Humanística e Teologia (2016), em diferentes autores: Magda Mello (2016), Natacha Becker (2016), entres eles o Jorge Cunha (2016), com a temática Refugiados e Imigrantes na Fronteira da Vida, base essencial para categorizar, nomear, classificar os termos de migração e a fundamentação teórica, e por fim, foi utilizada a entrevista com Mariana Barbosa (Cunha, 2016), sobre refugiados e migrantes. É fulcral pontuar ao leitor que esse percurso de revisão bibliográfica possibilita-nos discutir a questão da migração estabelecendo um diálogo com o sagrado em perspectiva diacrônica. Para compreender essa complexidade do universo migratório, foi feita uma entrevista semiestruturada para coletar dados de um migrante no mundo. Para lograr êxito, neste percurso investigativo, o objetivo geral desta pesquisa foi perceber: (1). o processo da Migração e Refugiado no século 21 e alguns dos seus contornos; (2). a nós próprios, enquanto autóctone, diante da migração e refugiado, usando autores que trata do tema; (3). o processo de migração e refúgio no contexto das Sagradas Escrituras, usando seus personagens. (4). a condição humana, se somos nômades ou sedentários, dando especial atenção para o contexto português e aos também autóctones ciganos; (5). o papel das igrejas nos processos Migração e Refugiado, exercer a simpatia ou empatia; (6). as normas éticas teológicas que devem conduzir os autóctones, os migrantes e os refugiados e objetivo específico analisar o material bibliográfico e elaborar normas éticas teológica, a fim de nortear a migração e o refúgio, no cruzamento de fronteiras, uma vez, que cremos que as fronteiras devem estar abertas, de forma coesa, com a finalidade de acolher o migrante e refugiado e em simultâneo não desproteger o autóctone. Nesse processo de criação, compreendemos que é fulcral estabelecer um diálogo com as normas fundamentadas na Sagrada Escritura, pois cremos, não haver nada superior a ela, para nortear o mundo da migração e do refugiado. Para suscitar tais normas, olhamos para vida de alguns personagens da Escritura Sagrada; A rainha Ester da Pérsia, Rute a moabita, Noemi a israelita, José o israelita, migrante no Egito e Jesus Cristo de Nazaré, o maior migrante e refugiado, que o mundo conheceu.
Data do prémio | 28 jan. 2025 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Jorge Cunha (Supervisor) |
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