Após os atentados terroristas em Setembro de 2001, a administração de G.W. Bush delineou um ambicioso projecto para a política externa. A agenda implicava a formulação de uma nova estratégia de segurança nacional e alguns princípios que ficariam conhecidos como Doutrina Bush. Esta doutrina incluía a democratização do Médio Oriente através da mudança de regime, o princípio da guerra preventiva, a preferência pelo poder unilateral e coligações flutuantes e a preponderância do poder militar. Nesta dissertação propomos compreender quais as razões que ditaram que a administração G.W. Bush alterasse uma agenda externa, que antes dos atentados privilegiava o pragmatismo e a modéstia, para uma que defendia um papel interventivo para os Estados Unidos no palco mundial como promotor dos valores democráticos e liberais. Tomaremos como referências os dois governos de G.W. Bush – 2001-2008 – e analisaremos em detalhe as posições do Presidente e dos “Vulcanos”, atentando às correntes doutrinais em política externa e à sua influência na formulação da Doutrina Bush. Tentaremos provar o impacto dos atentados terroristas, do neoconservadorismo e do nacionalismo americano, bem como do excepcionalismo americano no papel atribuído aos Estados Unidos de instrumento de mudança liberal no mundo.
Data do prémio | 2012 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Miguel Monjardino (Supervisor) & Mónica Dias (Supervisor) |
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- George W. Bush
- Estados Unidos da América
- Promoção da democracia
- Neoconservadorismo
- “Vulcanos”
- Intervenção militar
- Armas de destruição maciça
- Iraque
- Médio Oriente
- Mestrado em Ciências Políticas e Relações Internacionais
A administração George W. Bush e a promoção da democracia no Médio Oriente
Marinho, J. A. (Aluno). 2012
Tese do aluno