Ao longo desta dissertação será feita uma análise à atual Cláusula Geral Anti-Abuso portuguesa, num plano comparativo com a versão que vigorou até maio de 2019, e a influência que a Anti-Tax Avoidance Directive da União Europeia teve na nova redação. Após uma abordagem inicial ao tema em questão, será explorado o conceito da figura em estudo, densificando cada um dos elementos que a constituem, seguindo-se uma verificação de tais pressupostos num caso específico da jurisprudência portuguesa. Não obstante a recente reforma à disposição anti-abuso em apreço, facto que dificulta o apuramento da posição defendida pelos Tribunais portugueses nos casos em que se levantou a questão da sua aplicação desde a entrada em vigor da nova redação, servirá esta dissertação para testar o alcance que o legislador nacional, sob influência das disposições europeias, decidiu dar à nova Cláusula Geral Anti-Abuso, através da aplicação a casos jurisprudenciais que se guiaram pela redação antiga da norma, acentuando eventuais divergências que possam surgir devido à nova redação dos elementos que constituem a cláusula. Assim, o tema escolhido apresenta uma dificuldade motivada pela quase inexistência de estudos jurídico-fiscais que abordem o alcance da norma conferido pela nova redação e qual será o seu impacto num plano jurisprudencial a médio/longo prazo.
Data do prémio | 10 nov 2020 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Rui Duarte Morais (Supervisor) |
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- Cláusula geral anti-abuso
- Diretiva ATAD
- Jurisprudência arbitral
- IRS
- Vantagem fiscal
A nova cláusula geral anti-abuso portuguesa: anti-tax avoidance directive
Novais, J. A. A. L. (Aluno). 10 nov 2020
Tese do aluno