O prolongamento da vida gera problemas sociais novos e desafia todos nós a abordar o envelhecimento e a velhice de modo diferente. A família enquanto espaço de trocas e interações perde força para o processo de institucionalização. Paulatinamente, a sociedade fragmenta-se, abrindo lugar a redes sociais alternativas ao “velhos” laços de solidariedade primária. As grandes interrogações são relativas a três questões: (1) fragilidade dos laços intergeracionais, no caso entre pais institucionalizados e filhos adultos; (2) medidas de proximidade institucional com os filhos (e/ou familiares) da pessoa idosa institucionalizada, e (3) rede de relações entre a pessoa institucionalizada e a rede de solidariedade primária. Para o desenvolvimento desta investigação, usamos o paradigma da investigação qualitativa e aplicamos a técnica da entrevista semiestruturada. A amostra é constituída por um grupo de pessoas idosas (n=20) institucionalizadas a residirem no Concelho de Santo Tirso. Inquirimos ainda, alguns filhos das pessoas idosas inquiridas (n= 20) e profissionais sociais do lar de residência das pessoas idosas inquiridas (n=4). Os principais resultados revelam que (1) a maioria das pessoas idosas inquiridas ingressou no lar por necessidade de cuidados específicos e por viverem sozinhas; (2) a relação intergeracional com os filhos é “boa” e acontece de forma “ocasional”; (3) a proximidade das relações entre filhos adultos e pais idosos institucionalizados obedece ao regulamento institucional e ao plano de atividades.
Data do prémio | 2015 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Cristina Palmeirão (Supervisor) |
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- Relações intergeracionais
- Cuidado
- Bem-estar e qualidade de vida
- Mestrado em Gerontologia Social Aplicada
A relação entre filhos adultos e pais idosos institucionalizados
Coutinho, J. F. S. D. (Aluno). 2015
Tese do aluno