Este relatório resulta do estágio de cinco meses realizado no Setor de Tradução, na Procuradoria-Geral da República. Neste período de trabalho foi possível ter noção de algumas das questões que se colocam com mais frequência na tradução de textos jurídicos, no âmbito da cooperação judiciária internacional. Pretendeu-se identificar os principais problemas ou questões de tradução, quais as soluções normalmente encontradas e, numa terceira fase, apresentar uma nova proposta de solução ou adesão fundamentada às soluções existentes. Desta experiência resultaram outras reflexões, nomeadamente, sobre o papel do tradutor jurídico como mediador cultural e interlocutor na comunicação interlinguística entre culturas jurídicas. Procurou-se analisar o posicionamento da Tradução Jurídica nos Estudos de Tradução (e perscrutar a atualidade da frequente associação da disciplina à skopostheorie), mas também questionar a tradução jurídica como atividade criativa. Prendeu-se analisar brevemente se a atividade beneficia de formação específica, bem como observar o seu reconhecimento e a profissionalização. Foi possível verificar que o peso e a crescente importância da tradução jurídica, no mercado e na vida dos indivíduos, ainda não tem reflexo proporcional no plano teórico e na formação académica. Constatou-se ainda que a atividade beneficia de maior reconhecimento e prestígio em ambientes bilingues ou multilingues, acabando por ser algo descurada em Portugal.
Data do prémio | 2015 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Ana Margarida Abrantes (Supervisor) |
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- Tradução jurídica
- Tradução criativa
- Direito comparado
- Equivalência funcional
- Culture-bound terms
- Corredação
A tradução jurídica no âmbito da cooperação judiciária internacional
Prata, S. C. M. (Aluno). 2015
Tese do aluno