Caminhando com o cinema português
: um olhar sobre a produção cinematográfica em Portugal : cinema e audiovisual : 2010-2011

  • Fernando Jorge Monteiro Ribeiro (Aluno)

Tese do aluno

Resumo

Este trabalho centra-se na temática da produção cinematográfica emPortugal. A produção engloba-se em três fases cruciais: pré, produção e pósprodução.Geralmente são precisos meses ou anos para se iniciar um filme. A partirdo momento em que existe um argumento já estruturado e concluído, cabe aoprodutor decidir se o mesmo é exequível. Apesar dos problemas e da crisefinanceira que assola este início do século XXI, é acima de tudo o produtor, quedesempenha um papel crucial, que tem de arranjar forma de tornar o filme possívelatravés de uma avaliação concisa do mercado actual, de maneira a conseguirsaídas financeiras para o projecto a concretizar (ainda em fase de argumento).Através da fundamentação e articulação com as funções desenvolvidas noProjecto Final, onde a produção faz parte do trabalho, este ensaio apresenta a formacomo funciona a produção em cinema tanto em longa como em curta-metragem,usando um paralelismo e um ponto de comparação entre várias obras visualizadasao longo dos últimos dez anos de produção em Portugal. Uma vez que fazer cinemano nosso país é difícil e envolve custos muito elevados, o nosso cinema precareceainda de público, uma problemática que se vem acentuando cada vez mais ao longodos anos. Mas porque acontece isto? Qual a maior razão para o público e cinemaportuguês viverem uma relação de “amor e ódio”? Como exemplo maior, oObservatório Europeu do Audiovisual registou num estudo, divulgado a 9 deFevereiro de 2009, que Portugal foi, em 2008, o país europeu em que osespectadores de cinema menos viram filmes nacionais. Aliado a este estudo, ficouclaro que a quota de mercado das produções portuguesas atingiu, só em 2008,apenas 2,5 por cento do total da audiência de filmes em salas de cinema. Este valoré ainda suportado pela chegada aos nossos cinemas da maior parte dos filmesamericanos de grande orçamento, contrastando com aquilo que anualmente se fazno nosso país a nível de dinheiro e produções. E falando na globalidade das estreiascinematográficas, segundo dados anuais do ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual),desde 2004 que o nosso país não leva aos cinemas mais de 17 milhões deespectadores. A receita total nesse ano, não contando com a inflacção, foi de €71.085.245,37.“Artur”, curta-metragem no qual se insere a produção deste ensaio e que faz parte do Projecto Final, apresenta essencialmente a tal discrepância a nível de orçamento entre curtas e longas-metragens, centrando-se num nível de produção que actualmente é mais usado por cineastas portugueses: despender menos dinheiro, relatando histórias e filmar num formato de menor duração. Actualmente,produzem-se em Portugal mais curtas que longas-metragens, sendo que cada uma delas apresenta circuitos diferentes. Se as curtas passam muitas vezes unicamente por festivais, as longas já conseguem um mercado de sala (embora muito limitado).
Data do prémio2011
Idioma originalPortuguese
Instituição de premiação
  • Universidade Católica Portuguesa
SupervisorCarlos Ruiz Carmona (Supervisor)

Keywords

  • Produção cinematográfica
  • Cinema português
  • Público
  • Audiências
  • Artur

Designação

  • Mestrado em Som e Imagem

Citação

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