Ao reflectirmos no processo adaptativo do adolescente a uma doença crónica, incapacitante ou de mau prognóstico, torna-se fundamental compreender a percepção que cada adolescente tem relativamente à sua doença, mas também, compreender de que forma a doença interfere no seu processo de desenvolvimento e na resolução das tarefas essenciais da adolescência A doença crónica representa um factor de stress importante para o jovem e para a família, Assim, as suas consequências vão depender da forma como o adolescente e a família, com a ajuda dos profissionais de saúde, vão ser capazes de compreender, interpretar, avaliar e confrontar a situação de doença e as experiências de sofrimento e limitação física que dela decorrem. O agir profissional dos enfermeiros, seja nos Cuidados de Saúde Primários seja nos Cuidados Diferenciados, deve constituir uma força impulsionadora do bem-estar e da esperança, pelo que é necessário identificar quais as intervenções que o enfermeiro deve adoptar como promotoras de esperança. Intervenções que promovam suporte a nível social, emocional, formativo e instrumental contribuem para o desenvolvimento de competências que permitem um bom processo adaptativo à situação de saúde de cada um, promovem a esperança e a motivação, e diminuem o sofrimento. A esperança é imprescindível à resiliência, que pode ser definida como a capacidade que permite o sujeito, grupo ou comunidade, prevenir, minimizar ou ultrapassar os efeitos perturbadores das adversidades e enquanto, uma das principais emoções do ser humano potencia o seu bem-estar e a qualidade de vida. Surge como uma poderosa estratégia de “coping” visando a promoção e a manutenção da saúde, constituindo-se uma força inerente ao ser humano. O presente relatório tem como principal objectivo descrever e analisar criticamente, as competências pessoais e profissionais, assim como as actividades desenvolvidas, com vista à promoção da esperança do adolescente/família portador de doença crónica. Surge na sequência de um projecto de estágio concretizado em três módulos, distribuídos por duas instituições de saúde, Direcção-Geral de Saúde e Hospital de Dona Estefânia. A metodologia adoptada foi a descritiva, analítica e reflexiva, tendo por base a elaboração de um portfolio reflexivo que fundamentou as actividades desenvolvidas. A doença, a hospitalização e a morte implicam sofrimento para o adolescente e família, pelo que, é importante que o enfermeiro esteja atento e promova a esperança. O facto de o enfermeiro acreditar na resolução dos problemas e ter esperança no futuro, é essencial para que o adolescente e família também o percepcionem de forma positiva
Data do prémio | fev. 2011 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Lília Rosa Alexandre Vara (Supervisor) |
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- Adolescente
- Esperança
- Enfermeiro
Caminhos de esperança: o adolescente-família portador de doença crónica
Oliveira, M. C. C. R. D. (Aluno). fev. 2011
Tese do aluno