A presente investigação pretende avaliar a postura empática em psicoterapeutas portugueses e o papel da regulação emocional. Neste sentido, de modo a compreender melhor este constructo, são consideradas as seguintes variáveis: a regulação emocional, a volumetria cerebral de determinadas áreas cerebrais e o sexo do participante, com o objetivo de estudar se a capacidade de regulação emocional e a volumetria de algumas áreas cerebrais estão associadas com a influência no desenvolvimento de uma resposta empática e se esta difere entre homens e mulheres. Participaram neste estudo 28 psicoterapeutas com pelo menos um ano de experiência clínica. Para avaliar a empatia, além do autorrelato, foi utilizada uma tarefa mais ecológica com vinhetas para as quais os participantes tinham de elaborar uma resposta, enquanto dados neuroimagiológicos eram recolhidos para a análise da volumetria cerebral. Os resultados obtidos demonstram que não existem diferenças entre homens e mulheres a nível da volumetria cerebral nem no desempenho de tarefas empáticas comportamentais, contrariamente ao autorrelato, no qual as mulheres se apresentam como sendo mais empáticas do que os homens. Os dados também demonstram que nesta amostra não existe relação entre o nível de regulação emocional e a capacidade empática. E finalmente, o lobo frontal orbital, o lobo temporal superior e a área fusiforme destacaram-se na análise volumétrica, demonstrando o papel relevante que essas áreas possuem na capacidade empática.
Data do prémio | 15 jul. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Patrícia Oliveira-Silva (Supervisor) |
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- Psicoterapeutas
- Empatia
- Regulação emocional
- Sexo
- Morfometria baseada no vóxel
Correlatos neuroimagiológicos da resposta empática em psicoterapeutas
Ferrante, A. V. (Aluno). 15 jul. 2022
Tese do aluno