Este trabalho tem como objetivo desmistificar a perceção negativa sobre a adoção tardia. É apresentada a prática profissional junto de crianças e jovens, enquanto docentede Educação Moral Religiosa e Católica, o investimento na formação, e a experiência de trabalho ao longo de dezoito anos. Entre as várias problemáticas acompanhadas, destacase o contacto com crianças institucionalizadas e adotadas, sobre as quais é dedicada particular atenção.Ao longo deste trabalho, em que participaram uma fratria de três irmãs biológicase a mãe adotiva, vamos percecionar os desafios que a adoção fez despontar no seiofamiliar e como se adaptaram a esta nova realidade sem uma preparação prévia, tanto a nível psicológico e emocional, como ao nível da gestão de todas as situações novas que passaram a surgir diariamente. Veremos também como se integraram à uma nova realidade, bem diferente da que tinham até integrar uma nova família, nomeadamente,como foi a adaptação à família nuclear e que relações estabeleceram com a famíliaa largada, bem como as mudanças que decorreram no seu percurso escolar.As famílias adotivas têm características e tarefas específicas que implicamrelacionarem-se quer com o período anterior à adoção (decisão, espera, vivências etransição para a parentalidade/filiação), quer com o período posterior (integração,adaptação, comunicação e a criação de vínculos), sendo que a adoção de crianças maisvelhas reveste-se ainda de características mais específicas e requer desafios adicionais.Veremos que, com todos os desafios, angústias e dúvidas ao longo do processo,atualmente considera-se que as crianças, agora jovens, se encontram bem-adaptadas. Os dados recolhidos sugerem pistas importantes para o sucesso da adoção de fratrias em idade tardia e vêm revelar que os desafios adjacentes podem ser ultrapassados quando a família adotiva tem como objetivo o bem-estar da criança que deve ser entendido, como define (Kickbusch, 2012)1, pela realização do potencial da pessoa por intermédio do desenvolvimento das dimensões física, emocional, mental e espiritual.
Data do prémio | 18 mai. 2021 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Filomena Ponte (Supervisor) |
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- Adoção tardia
- Processo de adoção
- Pais adotivos
- Crianças adotadas
- Adaptação familiar
- Mestrado em Ciências da Educação
Crianças adotadas: percurso desenvolvimental nos contextos de família, escola e comunidade
Pinto, M. I. D. S. B. D. R. (Aluno). 18 mai. 2021
Tese do aluno