O presente estudo visa conhecer a representação social que os utentes de etnia cigana têm do binómio saúde/doença e as implicações daqui recorrentes nas práticas de Enfermagem às suas famílias. Tratando-se de uma comunidade, cuja vivência ocorre em grupo, de acordo com uma determinada cultura, optou-se por um estudo de carácter etnográfico e exploratório, descritivo, indutivo e transversal. Foi utilizado o método de Spradley, o que permitiu recolher dados através da observação participante e de entrevistas, de carácter semi-estruturado, procedendo-se a uma análise de dados através dos diferentes domínios culturais identificados de acordo com o significado, que os utentes de etnia cigana atribuem às práticas de enfermagem na sua saúde e da sua comunidade em geral. Decorrentes da prática desta temática centralizam-se duas vertentes culturais como resultado do estudo, uma em que o utente de etnia cigana sente confiança nas práticas de cuidados do enfermeiro e outra em que o utente de etnia cigana não revê conhecimento sobre a sua cultura e, consequentemente, não confia nos cuidados prestados pelo enfermeiro. Tais sustentáculos conduzem às conclusões que os utentes de etnia cigana têm apreço pelos cuidados de enfermagem, considerando-os essenciais para a sua saúde. Porém, reconhecem que nem todos os cuidados necessários lhes são prestados e poderia existir mais significação cultural aquando da prestação dos mesmos. Estas conclusões confirmam a necessidade de os cuidados de enfermagem serem mais personalizados; para isto os enfermeiros precisam adquirir conhecimentos acerca da cultura cigana, respeitando-a e identificando as reais necessidades apresentadas pelos utentes desta comunidade.
Data do prémio | set. 2011 |
---|
Idioma original | Portuguese |
---|
Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
|
---|
Supervisor | Margarida Maria da Silva Vieira (Supervisor) |
---|
Cultura cigana e sua relação com saúde
Correia, M. F. R. (Aluno). set. 2011
Tese do aluno