Cultura organizacional e a perceção de autonomia e excesso de trabalho em contexto de startups

  • Manuel Armando dos Santos Dala (Aluno)

Tese do aluno

Resumo

Existem poucos estudos na literatura dedicados à compreensão do ambiente das startups, e os que existem, não estudam a cultura mais visível nestas organizações nem como este construto influencia as dinâmicas de trabalho. Neste estudo foi avaliado o tipo de cultura organizacional mais saliente nas startups, bem como as relações que os tipos de culturas (empreendedora, de equipa, burocrática, de mercado) estabelecem com a autonomia e o excesso de trabalho nestes contextos. Foi aplicado um questionário a uma amostra de 292 trabalhadores em quadros técnicos de startups. Foram realizados modelos de regressão múltipla e ANOVA medidas repetidas que permitiram verificar que a cultura empreendedora é a mais saliente nestes contextos, diferenciando-se significativamente dos restantes tipos de cultura. Foi observado também que a cultura empreendedora e de equipa predizem positivamente a autonomia no trabalho, enquanto que a cultura burocrática prediz negativamente a autonomia, mas não prediz positivamente o excesso de trabalho. A cultura de mercado não foi preditora da autonomia nem do excesso de trabalho. Os resultados deste estudo apontam para a importância de promover equipas mais autónomas em startups, dando mais liberdade aos trabalhadores na decisão sobre suas tarefas, bem como fomentar ambientes cada vez mais empreendedores.
Data do prémio15 jul. 2020
Idioma originalPortuguese
Instituição de premiação
  • Universidade Católica Portuguesa
SupervisorFilipa Sobral (Supervisor) & Catarina Morais (Co-Orientador)

Keywords

  • Controlo e demandas de trabalho
  • Valores culturais concorrentes
  • Cultura empreendedora

Designação

  • Mestrado em Psicologia e Desenvolvimento de Recursos Humanos

Citação

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