Existem poucos estudos na literatura dedicados à compreensão do ambiente das startups, e os que existem, não estudam a cultura mais visível nestas organizações nem como este construto influencia as dinâmicas de trabalho. Neste estudo foi avaliado o tipo de cultura organizacional mais saliente nas startups, bem como as relações que os tipos de culturas (empreendedora, de equipa, burocrática, de mercado) estabelecem com a autonomia e o excesso de trabalho nestes contextos. Foi aplicado um questionário a uma amostra de 292 trabalhadores em quadros técnicos de startups. Foram realizados modelos de regressão múltipla e ANOVA medidas repetidas que permitiram verificar que a cultura empreendedora é a mais saliente nestes contextos, diferenciando-se significativamente dos restantes tipos de cultura. Foi observado também que a cultura empreendedora e de equipa predizem positivamente a autonomia no trabalho, enquanto que a cultura burocrática prediz negativamente a autonomia, mas não prediz positivamente o excesso de trabalho. A cultura de mercado não foi preditora da autonomia nem do excesso de trabalho. Os resultados deste estudo apontam para a importância de promover equipas mais autónomas em startups, dando mais liberdade aos trabalhadores na decisão sobre suas tarefas, bem como fomentar ambientes cada vez mais empreendedores.
Data do prémio | 15 jul. 2020 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Filipa Sobral (Supervisor) & Catarina Morais (Co-Orientador) |
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- Controlo e demandas de trabalho
- Valores culturais concorrentes
- Cultura empreendedora
- Mestrado em Psicologia e Desenvolvimento de Recursos Humanos
Cultura organizacional e a perceção de autonomia e excesso de trabalho em contexto de startups
Dala, M. A. D. S. (Aluno). 15 jul. 2020
Tese do aluno