A avaliação externa assume na vida de docentes e discentes um papel central. Para uns e outros é inegável a pressão que exercem, condicionando, como tal, muito do que é a sua ação. Gerir um currículo e promover aprendizagens significativas, tendo a avaliação externa presente pode constituir um desafio, quando as articulações parecem muito débeis. De facto, a sociedade exige instrumentos promotores de justiça e equidade e a avaliação externa parece responder a essa exigência. Contudo, quando currículo, aprendizagens e exames parecem não estar alinhados, essa justiça e equidade podem e devem ser questionadas. Procurando as (des)articulações, desenvolvemos esta investigação analisando exames nacionais de Geografia A e o programa específico da disciplina, à luz da taxonomia de Bloom. Analisamos os exames nacionais de Geografia A aplicados entre 2012 e 2018, que nos pareceu uma amostra representativa e que permitia a aferição de (in)congruências. Identificamos processos cognitivos e domínios do conhecimento avaliados nos exames e confrontamos com os processos cognitivos ativados, a partir das aprendizagens esperadas de acordo com o programa da disciplina. Dos resultados obtidos, percebemos que os verbos recordar, compreender e analisar foram os mais frequentes no que aos processos cognitivos respeita, enquanto que as dimensões de conhecimento se situaram nos domínios factual e concetual.
Data do prémio | 11 nov. 2020 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Ilídia Cabral (Supervisor) & José Matias Alves (Co-Orientador) |
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- Exames nacionais
- Taxonomia de Bloom
- Geografia
- Mestrado em Ciências da Educação
Currículo, aprendizagens e avaliação externa na disciplina de Geografia: (des)articulações
Cardoso, B. S. D. V. (Aluno). 11 nov. 2020
Tese do aluno