Neste relatório, refletimos sobre as vivências da democracia, participação e valores pelos alunos das escolas da Região Autónoma da Madeira. Procedemos a uma abordagem ao(s) conceito(s) de participação e democracia e às suas práticas na escola, entendida "lugar de vários mundos", que aí convivem, cruzam e se confrontam. Este referencial permite compreendê-la como sujeita a várias influências e ambiguidades. A participação social e política dos portugueses traduz-se pela passividade e mesmo pela não participação, marcas de um passado centralista, (re)produtor de uma cultura de obediência. A escola, espaço de democracia, pode e deve educar para a democracia, através da educação pelas práticas democráticas. A participação dos diversos atores escolares nas escolas portuguesas pauta-se pela participação decretada, instrumental e sem significado na educação dos alunos. A participação dos alunos, prevista nos normativos, praticamente não tem forma nem substância. As práticas escolares limitam-se à transmissão passiva de conhecimentos pelos professores, pedagogia pobre, perpetuadora do poder dos grupos dominantes e esvaziadora da democracia. Vivemos, atualmente, uma crise de valores que só uma democracia de alta intensidade, com ampla participação nas tomadas de decisão pode redimir, de modo que limitá-la a &"catecismo" cidadão poderá não passar de uma ilusão
Data do prémio | 15 set. 2016 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Carlos Alberto Vilar Estevão (Supervisor) |
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- Participação
- Democracia
- Democracia direta
- Democracia representativa
- Justiça
- Ética
- Formação pessoal e social
- Mestrado em Ciências da Educação: Administração e Organização Escolar
Democracia, participação e valores : o projeto de formação pessoal e social nas escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico da Região Autónoma da Madeira : uma caminhada entre os pingos da chuva?
Valério, B. L. (Aluno). 15 set. 2016
Tese do aluno