Com a previsão da população global chegar a quase 10 mil milhões em 2050, a demanda por alimentos deverá aumentar em 70%, o que pressionará ainda mais os sistemas alimentares de todo o mundo, tornando a segurança alimentar um desafio ainda maior do que é hoje e abrindo margem ao aparecimento de produtos alimentares fraudulentos e/ou adulterados. De facto, a integridade e autenticidade, da cadeia global de fornecimento de alimentos está, hoje como nunca antes, a ser desafiada pela adulteração e fraude, sendo a fragmentação das cadeias de abastecimento, o envolvimento de um grande número de stakholders, o cruzamento de várias fronteiras territoriais, a falta de recursos e a motivação económica, os principais fatores desafiantes. Aliado a estes factos, a WHO identificou a contaminação alimentar intencional como uma das principais ameaças à saúde publica no século XXI, cujos impactos podem assumir proporções consideráveis na saúde dos consumidores, sociedade, economia, política e segurança nacional. A complexidade das vastas cadeias de abastecimento globais torna-as vulneráveis a contaminações intencionais, adulteração e fraudes alimentares Perante este cenário, a FAO/OMS identificaram o desenvolvimento de capacidades em preparação e planeamento de resposta a emergências de segurança alimentar como um elemento-chave na prevenção de emergências de segurança alimentar e na mitigação dos seus impactos socioeconómicos e de saúde pública. Este é o desafio que hoje, mais do que nunca, se coloca às empresas do setor alimentar, não sendo o mercado do vinho, e das bebidas alcoólicas em geral, exceção, uma vez que movimenta mhL em redes complexas de fornecimento, fazendo parte do top 10 dos produtos mais falsificados. Este relatório tem como objetivo a elaboração de planos de Food defense e Food fraud numa unidade de engarrafamento de vinhos, capazes de evitar crises de segurança alimentar que, na maioria dos casos, representam um dano, real ou percecionado, imediato e significativo para uma empresa, uma marca, os consumidores, o produto, a comunidade ou para a economia de um país. Primeiramente, para a realização deste projeto, foram analisadas as várias metodologias potencialmente aplicáveis, optando-se pelas metodologias TACCP e VACCP, pois são as metodologias propostas pela GFSI e estão alinhadas com a metodologia HACCP. Finalmente, as metodologias foram aplicadas à realidade de uma das unidades de engarrafamento da Empresa X, apresentando-se neste relatório todo o trabalho desenvolvido e a respetivas conclusões.
Data do prémio | 22 jul. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Paula Teixeira (Supervisor) |
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- Adulteração
- Fraude
- Contaminação alimentar intencional
- Ameaças
- Vulnerabilidades
- Plano de Food defense
- Plano de Food fraud
- Mestrado em Biotecnologia e Inovação
Elaboração de planos de food defense e food fraud numa unidade de engarrafamento de vinhos
Silva, B. C. A. C. E. (Aluno). 22 jul. 2022
Tese do aluno