O presente estudo enquadra-se no contexto do Ensino Profissional, modelo surgido em Portugal em 1989, resultado de uma convocação social, um apelo a uma maior democraticidade de escolarização e formação, na forma de um modelo inovador a nível educacional, pedagógico administrativo e financeiro. Mais recentemente, em 2006, este modelo foi transportado para as escolas secundárias e o ensino profissional passa a fazer parte integrante das ofertas do ensino secundário. Neste contexto, ambiciona-se proceder a um estudo comparativo das lógicas de organização e funcionamento do ensino profissional nas escolas secundárias de ensino público e nas escolas profissionais. Desde as lógicas de preparação/ação, ensino - aprendizagem, dinâmicas de contexto de trabalho e experiências, o que se pretende é cruzar as duas realidades, analisar os processos de funcionamento e contribuir para uma melhoria das práticas no terreno. Procedeu-se a análise documental, realização de entrevistas e questionários com o intuito de olhar as duas realidades e contribuir para uma melhoria das práticas. Da análise das respostas e da verificação das hipóteses, é possível concluir que a importação do modelo de ensino profissional para as escolas secundárias está a ser feita sem formação e acompanhamento específico por parte de quem já o faz há mais de duas décadas com resultados validados. Parece-nos evidente a necessidade de criar dispositivos de acompanhamento e avaliação do processo como meio de melhorar as práticas e manter a confiança da sociedade no modelo virtuoso do ensino profissional.
Data do prémio | 23 jan. 2014 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | José Matias Alves (Supervisor) |
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- Ensino profissional
- Modelo
- Lógicas de funcionamento
- Escolas profissionais
- Escolas secundárias
- Mestrado em Ciências da Educação
Ensino profissional e as malhas que a política tece: as lógicas de ação das escolas secundárias e das escolas profissionais
Couto Cardoso, G. E. (Aluno). 23 jan. 2014
Tese do aluno