A transição climática irá colocar desafios ao sistema financeiro em geral, e aoSistema bancário em particular. Ambos os riscos de origem climática estão a ser alvo deestudo e análise por organizações, reguladores e bancos centrais: risco de transição e riscofísico (Park and Kim, 2020).Metodologias e estruturas de trabalho estão a ser desenvolvidas para melhorperceber e controlar o risco que os bancos detêm no seu balanço relacionado com atransição climática. Instituições como Network Greening Financial System (NGFS),Financial Stability Board (FSB) e Autoridade Bancária Europeia (EBA), estão ativos nadiscussão sobre como serão feitos estes processos e qual a informação imprescindível.Enquanto a disponibilidade de dados da exposição da banca aos riscos climáticosainda é escassa, a base de dados EBA contendo a exposição de cada banco por setor foiestudada para analisar que países e bancos estão mais expostos aos setores mais emitentes(MES).Com base nos dados EBA, é estimado que cerca de 51% da exposição dos bancosda União Europeia sejam aos MES. Adicionalmente, a intensidade de emissões de cadaeconomia (emissão CO2 equivalente por cada € valor acrescentado) é um bom indicadorrelativamente à exposição do setor bancário desse país relativamente aos MES. A Suéciaé o país menos exposto aos MES (25%), contrastando com a Roménia (78%). Portugaltem uma exposição de cerca de 56%.Relativamente ao setor bancário Português, o setor que mais contribui para aexposição aos MES é indústria (16,9%), seguido do comércio (14,9%) e construção(11,3%).
Data do prémio | 19 out. 2021 |
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Idioma original | English |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Diana Bonfim (Supervisor) |
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- Risco de transição climática
- Risco climático físico
- Finanças sustentáveis
- Banca
- Risco de crédito
Financing the green transition and banking exposure to climate relevant sectors in Europe and in Portugal
Anjo, J. P. S. (Aluno). 19 out. 2021
Tese do aluno