Implicações da respiração oral no crescimento da face

  • Rodolfo Ronda Fonseca (Aluno)

Tese do aluno

Resumo

Introdução: a respiração oral é um distúrbio respiratório bastante comum e um problema de saúde pública, pois provoca alterações e desequilíbrios a nível dentário, muscular e ósseo modificando, assim, o crescimento e desenvolvimento facial de cada indivíduo. Objetivos: determinar a prevalência de crianças e adolescentes com respiração nasal, oral e mista; determinar a sua predisposição para um determinado biótipo facial (altura facial inferior); aferir a relação do padrão de respiração com a altura facial inferior (crescimento da face) e relacionar estes com os seus hábitos orais e problemas respiratórios. Metodologia: realizou-se um estudo observacional transversal, tendo sido observadas crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, de ambos os sexos. Foi realizado um questionário, com o intuito de obter informações acerca dos seus hábitos orais e problemas respiratórios, bem como os testes do espelho, água e selamento labial para averiguar o padrão de respiração e a cefalometria direta, com uma craveira digital, para determinar a altura facial inferior. A análise estatística dos dados foi efetuada através do programa SPSS® v.21.0.0.0, com o nível de significância de 5%. Resultados: foi solicitada a participação de 618 crianças e adolescentes, sendo que apenas 248 foram incluídos no estudo, uma vez que 69 não cumpriram os critérios de inclusão e 301 pais não autorizaram a participação. A média de idades foi de 10,05 anos, sendo 52,8% do sexo masculino. Da amostra em estudo, 40,3% apresentava um padrão de respiração mista, não tendo sido encontrada nenhuma criança/adolescente com respiração exclusivamente oral e 40,7% dos participantes tinham o terço inferior/altura facial inferior aumentada. O hábito oral mais prevalente foi o uso de biberão (83,9%); a prevalência de alergias foi de 29,0% e de patologias respiratórias foi de 16,1%. Conclusão: foi estabelecida uma associação estatisticamente significativa entre o padrão de respiração e a altura facial inferior, na medida em que 78,0% das crianças e adolescentes com respiração oral apresentavam uma altura facial inferior aumentada; não se observou associação entre padrão de respiração e altura facial inferior com o sexo e idade e foi estabelecida uma associação entre o padrão de respiração e altura facial inferior com a manutenção da boca aberta e os hábitos de “ressonar”, “dormir com a boca aberta” e “babar durante a noite”.
Data do prémio30 jul. 2014
Idioma originalPortuguese
Instituição de premiação
  • Universidade Católica Portuguesa
SupervisorArmindo Alves (Supervisor)

Keywords

  • Respiração oral
  • Prevalência
  • Biótico facial
  • Altura facial inferior
  • Hábitos orais

Designação

  • Mestrado em Medicina Dentária

Citação

'