As progressivas reformas na regulação bancária levantam a questão de se e de que forma o setor não-bancário é impactado por elas, especialmente se existe a possibilidade de este servir como uma fonte substituta de crédito e, consequentemente, reduzir a eficácia de medida implementadas. Embora a existência deste efeito de substituição já tenha sido encontrada no caso de supervisão microprudencial, estudos para política macroprudencial ainda são escassos. Assim, este estudo analisa a relação entre reservas de capital macroprudenciais e crédito concedido pelo setor não-bancário. Só são consideradas medidas aplicadas ao beneficiário, dado que o setor não-bancário também está sujeito a medidas aplicadas ao mutuário, pelo que este segundo tipo de instrumentos não cria uma diferença regulatória entre o setor bancário e não-bancário. Contribuo para a existente literatura neste tópico ao utilizar uma definição do setor não-bancário diferente, e também ao desenvolver índices que medem a intensidade da política macroprudencial, obtidos por pesar as reservas de capital pelas exposições afetas. Não encontro evidência empírica de que choques macroprudenciais geram uma migração de crédito do setor bancário para o não-bancário, sendo que este resultado é robusto para diferentes especificações do modelo.
Data do prémio | 10 mai. 2024 |
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Idioma original | English |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Diana Bonfim (Supervisor) |
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- Política macroprudencial
- Setor não-bancário
- Spillovers
- Arbitragem regulatória
- Supervisão financeira
- Reservas de capital
Macroprudential policy spillovers: do capital buffers influence non-bank financial intermediation in the Euro area?
Bandeira, A. G. (Aluno). 10 mai. 2024
Tese do aluno