A desigualdade de rendimentos tem sido um tema cada vez mais em destaque no século XXI. Nas últimas décadas, a fração do rendimento nacional bruto do Top 1% tem aumentado substancialmente, o que tem provocado um debate controverso sobre as causas e as consequências da desigualdade de rendimentos para a sociedade, em geral, e para a economia, em particular. O objetivo deste estudo é testar a hipótese da Curva de Kuznets para os países da Coesão da União Europeia - Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha - no período entre 1995 e 2019. A medida de desigualdade utilizada é a fração do rendimento nacional bruto do Top 1%. Como variáveis independentes ou explicativas são consideradas o rendimento nacional bruto per capita e diversas variáveis de controlo, incluindo dummies por país e temporais. O método utilizado é econométrico, com uma regressão OLS em primeiras diferenças. Os resultados mostram uma relação não linear entre a fração do rendimento nacional bruto do Top 1% e o rendimento nacional bruto per capita. Tendo em conta os resultados podemos afirmar que a Curva de Kuznets estimada para os países da Coesão se encontra na fase ascendente, verificando-se uma relação positiva entre desigualdade de rendimentos e crescimento económico.
Data do prémio | 13 jul. 2023 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Leonardo Costa (Supervisor) |
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- Curva de Kuznets
- Desigualdade de rendimentos
- Top 1%
- Países da Coesão
- União Europeia
- Mestrado em Economia Empresarial
O efeito do crescimento económico na desigualdade de rendimentos: a curva de Kuznets dos países da Coesão no período entre 1995 e 2019
Cunha, C. L. P. (Aluno). 13 jul. 2023
Tese do aluno