O objetivo principal deste estudo passa por responder à questão: existe uma relação entre o endividamento e a qualidade de vida do indivíduo?Para alcançar este objetivo optou-se por recorrer a uma metodologia quantitativa. Para recolha dos dados foi criado um questionário baseado nos questionários OEC-DECO (Frade, 2013) e WHOQOL-BREF (Carona et al., 2006). Este estudo identificou uma relação positiva entre o endividamento (deter créditos bancários) e a qualidade de vida. Analisados os vários domínios da qualidade de vida (físico, psicológico, social e meio ambiente) e a qualidade de vida em geral chegou-se à conclusão de que para o domínio psicológico e para o domínio do meio ambiente a qualidade de vida é, em média, superior para as pessoas que detêm créditos. E ainda que, para o domínio psicológico, a qualidade de vida é, em média, superior para pessoas que têm simultaneamente crédito hipotecário e não hipotecário quando comparadas com pessoas sem créditos ou com pessoas com apenas crédito hipotecário. Quanto ao domínio físico não foi possível estabelecer uma relação de causa-efeito entre o endividamento e a qualidade de vida. Estudado o sobre-endividamento (deter prestações em atraso), para todos os domínios se verificou que, em média, a qualidade de vida das pessoas com crédito com prestações em atraso era substancialmente inferior à das pessoas com crédito, mas sem prestações em atraso.
Data do prémio | 27 jun. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | António Mendes Ferreira (Supervisor) |
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- Crédito
- Endividamento
- Sobre-endividamento
- Qualidade de vida
- Mestrado em Gestão Aplicada
O impacto do endividamento na qualidade de vida
Lopes, D. S. A. (Aluno). 27 jun. 2022
Tese do aluno